200 melhores cantores de todos os tempos: confira os brasileiros da lista da Rolling Stones

Caio Dutra Por Caio Dutra
4 min de leitura

A conceituada Rolling Stone, dos Estados Unidos, publicou novamente uma lista feita originalmente em 2008. Com as posições repensadas, a ideia inicial foi fazer um ranking com os 200 maiores cantores de todos os tempos. O primeiro lugar a musa Aretha Franklin, mas também tiveram alguns brasileiros citados na lista.

Nossos representantes estão na lista abaixo, e a revista escreveu um pouco sobre eles, confira abaixo:

Caetano Veloso ficou na posição 108


Caetano Veloso. (Foto: Reprodução/Rolling Stone)


Um dos principais cantores e compositores do Brasil, um revolucionário com uma forte inclinação literária, Caetano Veloso é um artista mestre, sua bossa aveludada e inteligência que podia ser vista por uma simples conversa, dando um impulso mesmo especialmente quando ele está deitado e murmurando. Mas ele também é encantador quando acelera o ritmo e lança gritos e gorjeios emocionantes e ele transmite tudo em inglês e também em português do Brasil. “Acho que o que é difícil para nós do Norte aceitar é que alguém pode ser radical politicamente, culturalmente e musicalmente e, ainda assim, ser romântico e amar uma bela e sensual melodia”, observou David Byrne em 1999 “Caetano pode puxar fazer isso isso acontecer”, finalizou.

Gal Costa ficou na posição 90


Gal Costa. (Foto: Reprodução/Rolling Stone)


Em 1971, Gal Costa gravou “Sua Estupidez”, uma balada sentimental do cantor pop Roberto Carlos, e a transformou em uma declaração de partir o coração de beleza e arrependimento. Tal era o poder transformador de sua voz. Como uma luminosa rainha Midas, a diva baiana transformava em ouro tudo o que tocava: tropicália (“Baby”, clássico brasileiro do final dos anos 60), samba-rock sexy (“Flor de Maracujá”), abundante frevo de carnaval ( “Festa Do Interior”) e bossa funk (sua leitura de 1979 do padrão “Estrada do Sol” é tão exuberante e mística que beira o surreal). A vocalista feminina mais admirável da era pós-bossa, e ela continuou fazendo música até sua morte aos 77 anos, no ano de 2022. 

João Gilberto ficou na posição 81


João Gilberto. (Foto: Reprodução/Rolling Stone)


Um dos movimentos culturais mais poderosos que surgiram na América Latina em 1958, a bossa nova teve sua fundão ligada a três arquitetos desse estilo: Antônio Carlos Jobim o compositor, Vinicius de Moraes o letrista e João Gilberto seu discreto cantor violonista.  Mestre da sutileza cosmopolita, o carioca murmurava e sussurrava com uma desenvoltura que fazia cada música parecer uma reunião casual de amigos. Seu estilo, sua poesia e calor casava perfeitamente com as narrativas da bossa sobre a vida na praia de Copacabana. Seu álbum de estreia em 1959 deu o tom para a revolução que continuou, e o clássico do jazz de 1964 Getz/Gilberto resumiu sua energia com “Garota de Ipanema”, que ele tocou ao lado de sua esposa Astrud.

Foto Destaque: João Gilberto fazendo show no Teatro Municipal. Reprodução/ O Globo

 

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