Um dos baluartes mais antigos do carnaval carioca, Monarco da Portela morre neste sábado (11/12) aos 88 anos de idade. Monarco enfrentava uma grande luta devido às complicações que teve após cirurgia no intestino, realizada no Hospital Federal Cardoso Fontes em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Após ser mantido internado desde novembro, o sambista não resistiu às dores e veio a óbito no dia de ontem.
Em nota oficial, Portela presta as últimas homenagens à um de seus maiores expoentes. (Fotografia: Reprodução/Instagram)
Após ter notícia confirmada pelos integrantes de sua amada Portela, foi confirmado também a realização do velório neste domingo, em que teve seu corpo velado na quadra da maior campeã do Carnaval carioca em Madureira. Após última despedida de seus entes queridos e familiares, o corpo foi levado para o Cemitério de Inhaúma para finalizar com seu enterro.’
Monarco foi uma voz e uma consciência que ajudou a escrever a história da Portela e do samba por mais de 60 anos.
Um grande artista e uma grande figura, com o coração do tamanho de um talento de valor imensurável.
Perdemos hoje um grande baluarte.
— Paulinho da Viola (@PaulinhoDaViola) December 12, 2021
Sua última apresentação em público havia ocorrido em outubro deste ano, na edição do evento Feijoada da Família Portelense, onde cantou seus clássicos do samba ao lado dos companheiros que o acompanharam em toda sua carreira na Velha Guarda Show, na quadra da Portela. Em nota oficial publicada após o seu falecimento, a escola salientou: “Sua última apresentação em público foi onde mais gostava de cantar, em casa, na quadra da Majestade do Samba!“
Monarco e a Velha Guarda da Portela entoando um de seus sambas de exaltação mais conhecidos: “Passado de Glória”. (Video: Reprodução/YouTube)
Hildemar Diniz, nome de batismo de Monarco, era considerado a maior referência da escola de Madureira, ao lado de nomes consagrados do samba como Clara Nunes e Paulinho da Viola. Sempre ativo na Portela desde eventos festivos à assuntos mais sérios que ditavam o rumo da escola no âmbito político, Monarco sempre fez questão de externar seu sentimento pela escola e o orgulho de ser um de ser precursores em qualquer apresentação que fazia. Sentimento exaltando em diversos sambas que saúdam a Portela, como um de seus esquentas obrigatórios antes de entrar na avenida: “Passado de Glória”.
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Além de seu legado que perdurará sempre através de sua arte, Monarco manteve sua linhagem através do samba através de seus filhos Marcos e Mauro Diniz, cantores e compositores, além de sua neta Juliana Diniz, que é atriz e cantora.
Foto Destaque: Monarco vestindo seu traje costumeiro: as cores da sua Portela. Reprodução/Instagram