No próximo dia 23 de junho, a cantora Elza Soares celebraria seus 93 anos de vida. Sua obra atravessou mais de seis décadas e, a fim de honrar seu legado, nesta mesma data a artista terá um disco inédito. Com composições escritas por grandes colegas da música brasileira, “No Tempo da Intolerância”, reúne diferentes gerações da música.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, estão previstas letras de Rita Lee (1947-2023), Pitty e Josyara. O espólio da cantora informou que foi ainda durante as gravações de “Planeta Fome” (2019) que surgiu a ideia para o LP. Na ocasião, a artista compartilhou seu desejo de prestigiar compositoras mulheres, que falassem sobre desigualdade e feminismo.
A capa também já foi revelada. Confira abaixo:
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Com muito orgulho compartilhamos com vocês a capa oficial do novo disco de nossa rainha Elza Soares <a href=”https://twitter.com/hashtag/NoTempodaIntolerancia?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#NoTempodaIntolerancia</a> 23.06 em todas as plataformas de música.<br><br> Faça o pre-save do álbum aqui: <a href=”https://t.co/BHLNOz1Xjl”>https://t.co/BHLNOz1Xjl</a><a href=”https://twitter.com/hashtag/ElzaSoares?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#ElzaSoares</a> <a href=”https://twitter.com/hashtag/NoTempodaIntolerancia?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#NoTempodaIntolerancia</a> <a href=”https://twitter.com/hashtag/Elza70?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#Elza70</a> <a href=”https://t.co/fdS4YuHZaL”>pic.twitter.com/fdS4YuHZaL</a></p>— Elza Soares (@ElzaSoares) <a href=”https://twitter.com/ElzaSoares/status/1668730542051794947?ref_src=twsrc%5Etfw”>June 13, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Espólio de Elza Soares compartilha capa de novo disco (Reprodução/Twitter/@ElzaSoares)
Elza também gravou “Rainha Africana”, da mãe do rock brasileiro – que faleceu há um mês -, letra feita exclusivamente para ela, inclusive, mencionada na obra póstuma “Rita Lee: outra autobiografia”. Elza dividiu os vocais com Pitty no single “Na Pele” (2017) e também emprestou suas habilidades em uma nova composição entitulada “Feminelza”. A artista também compôs outras seis músicas que integram o projeto – rascunhadas em cadernos de memória. Todas as canções foram feitas especialmente para Elza.
Foi lançado o disco “Elza Ao Vivo no Municipal”, no mesmo ano em que Elza Soares faleceu (2022). O projeto trata de revisitar as seis décadas em que permaneceu sob os holofotes e foi gravado dias antes de sua morte.
Elza sempre encantou Brasil afora cantando desafios, dores e glórias sob a perspectiva de uma mulher brasileira e negra. O legado da artista para a música brasileira é imensurável: se na contemporaneidade o racismo ainda desrespeita e mata pessoas, sobretudo mulheres, negras, na década de 1950, a situação era pior. Com a visibilidade que adquiriu, a artista deu voz, incansavelmente, às minorias: negros, mulheres, LGBTQIA+. De certa forma, todos eles foram e seguem sendo representados por meio das obras autênticas de Elza Soares.
Foto destaque: Capa de novo disco de Elza soares. Reprodução/Getty Images
