A música eletrônica é um dos gêneros musicais que mais atrai novos artistas. Por se direcionar a um público jovem e trazer diversos mixers de músicas, sons e vozes, acaba caindo no gosto popular em bailes e eventos. Atraídos por esse dinamismo dos novos tempos, onde produz-se novos hits com arranjos de todo aparato tecnológico, novos DJs acabam surgindo. Esse efeito é muito parecido com os anos 90, quando o axé e outros formatos acabaram se tornando febre e fazendo esse efeito “dominó”, onde gerou diversas bandas e cantores por conta da expansão do gênero.
O DJ Felipe Gouveia, que começou a carreira em 2018 na festa “Deboche”, que é voltada ao público LGBT, é uma dessas pessoas que vê na profissão uma nova impulsão artística. Fazendo festas em São José do Rio Preto, que é considerada a 3º melhor cidade do Brasil para se viver – segundo dados do Desafio da Gestão Municipal (IDGM) -, Felipe acredita que os diferenciais para se tornar DJ é entender todo ambiente ao seu redor.
DJ Felipe Gouveia (Foto: Reprodução/Divulgação)
“Eu acredito que estar a par das tendências, tanto de música quanto de eventos, é o grande diferencial para ser um DJ. É preciso entender um pouco do lado público, quanto do lado contratante. Você precisa estar a par do que o público quer ver e ouvir. Isso ajuda bastante”, disse ele.
Alok, Dennis DJ e Vintage Culture são alguns dos principais nomes brasileiros do mercado de DJs. Olhando para esses artistas, sempre aparecem talentos em potencial que buscam alcançar a mesma fama e um repertório variado de canções. Segundo Felipe Gouveia, qualquer pessoa pode se tornar DJ, mas é preciso estudar e procurar evolução. Na visão dele, tendências das redes sociais e as novas ferramentas podem ajudar a criar trabalhos que vão cair no gosto popular.
“É preciso ser uma pessoa antenada em todos os lançamentos e hits do momento. Acredito que o TikTok é um ótimo lugar para observar. Aquilo que é hit na rede social, com certeza pode virar sucesso na pista. Isso faz toda a diferença”.
Essa é uma profissão artística que, assim como qualquer outra, exige talento, feeling e conhecimentos. Assim, mesmo que a pessoa tenha bom equipamento e já possua ideias de criações autorais em mente, é fundamental que o interessado busque estar junto a outros DJs e seja capacitado com conteúdos específicos. De acordo com Felipe, a base do trabalho é entender que ser DJ é uma expressão artística, com uma busca incansável por elementos que vão atrair uma conexão e identificação com o público.
“É necessário muita dedicação e a busca de um aperfeiçoamento por meio de cursos. Com muito estudo, o artista irá aumentar sua visão dentro do mercado e poderá criar o seu próprio estilo e mostrar sua autenticidade junto ao público. Além disso, é preciso se jogar sem medo. O mercado é muito concorrido e disputado, mas quem mais cresce é quem se joga de cabeça e mergulha nisso acreditando que vai dar certo“, finalizou.
Foto destaque: DJ Felipe Gouveia. Reprodução/Divulgação