Após um movimento de boicote lançado pelo cantor Neil Young, o Spotify anunciou neste domingo (30) que vai adotar medidas de combate a desinformação sobre a COVID 19 em sua plataforma. O líder mundial do streming musical irá incluir links em todos os podcasts que mencionarem a doença, direcionando seus usuários para informações factuais e cientificamente verificadas, afirmou o presidente e fundador, Daniel Ek em comunicado. “Estamos trabalhando para adicionar um alerta de conteúdo para qualquer episódio de podcast que inclua discussão sobre a covid-19. Este alerta direcionará os ouvintes para o nosso Hub dedicado à covid-19, um recurso que dá acesso fácil a fatos orientados por dados, informação atualizada e compartilhada por cientistas, médicos, acadêmicos e autoridades de saúde pública ao redor do mundo, assim como links para fontes confiáveis”, destacou Ek, que confirma que o recurso “novo esforço para combater a desinformação”, estará disponível nos próximos dias.
Joe Rogan e Neil Young (Foto: Reprodução/G1)
Esta semana, o roqueiro Neil Young que tem 2,4 milhões de seguidores e mais de seis milhões de ouvintes mensais na plataforma, exigiu que o Spotify retirasse suas músicas, a menos que a empresa se disponibilizasse a eliminar o podcaster Joe Rogan, cujo programa é o mais popular da plataforma, mas é repetidamente acusado de disseminar teorias da conspiração. Rogan incentivou o uso, ainda que não autorizado, da ivermectina para tratar os sintomas da COVID 19, além de desestimular a vacinação em jovens. “Percebi que não podia mais apoiar a desinformação no Spotify que ameaça a vida do público amante da música”, disse Young em uma carta aberta.
A cantora Joni Mitchell, um dos maiores nomes da música mundial, anunciou que também vai retirar suas músicas do catálogo do Spotify em solidariedade a Neil Young. “Decidi remover todas as minhas músicas do Spotify. Pessoas irresponsáveis estão espalhando mentiras que estão custando a vida das pessoas. Me solidarizo com Neil Young e com comunidades científicas e médicas globais nesta questão”, escreveu Mitchell em site oficial.
A contestação veio após um grupo de mais de 250 cientistas, médicos e enfermeiros solicitando em uma carta aberta que o Spotify impedisse Rogan de promover “várias falsidades sobre as vacinas contra a COVID 19”, que, segundo eles, estariam criando “um problema sociológico de proporções devastadoras”. Na quarta-feira, os sucessos de Young, incluindo “Heart of Gold”, “Harvest Moon” e “Rockin’ In The Free World” foram retirados do Spotify, que disse lamentar a decisão de Young, mas citou a necessidade de equilibrar “a segurança dos usuários com a liberdade dos criadores”. As novas medidas foram celebradas por organizações como a plataforma de vídeos Rumble, que destacou a “defesa dos criadores” e da “liberdade de expressão.
Em um vídeo postado em sua conta no Instagram, Rogan expressou decepção por Young e a cantora Joni Mitchell terem retirado suas músicas do Spotify e tentou explicar por que seu podcast foi criticado. Ele também elogiou a decisão do Spotify de adicionar um aviso de conteúdo a qualquer episódio de um podcast que aborda o coronavírus.
O príncipe Harry e Meghan Markle também se disseram preocupados com a desinformação na plataforma, mas reafirmaram seu compromisso em continuar a usá-la para publicar seu conteúdo. “Nós temos expressado de forma contínua nossa preocupação para que o Spotify assegure que mudanças sejam feitas em sua plataforma para que ajude a responder a esta crise de saúde pública”, disse em um comunicado um porta-voz da Archewell, a organização do duque e da duquesa de Sussex.
Foto destaque: Spotify. Foto: Reprodução/G1
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