Charli XCX revelou recentemente que não sente pressão para repetir o sucesso de BRAT, seu mais novo e aclamado álbum. A declaração surpreende, especialmente considerando o impacto gigantesco que o disco teve desde seu lançamento.
Para Charli, o projeto foi criado de maneira livre, sem grandes expectativas ou cálculos comerciais, era, antes de tudo, um disco feito por ela e para ela. No entanto, o que nasceu de um impulso criativo pessoal rapidamente se transformou em algo muito maior: BRAT virou um símbolo cultural que transcende as barreiras da música pop.
Longe de ser apenas uma coletânea de músicas dançantes, BRAT trouxe consigo uma estética forte e uma mensagem clara de liberdade artística.
A estética BRAT
Com letras afiadas, batidas eletrônicas marcantes e uma atitude ousada, o álbum conversou diretamente com uma geração que se reconhece no exagero, na ironia e na busca por autenticidade.
O verde neon da capa virou tendência nas redes sociais, os vocais distorcidos passaram a ser replicados por aspirantes a artistas, e a ideia de ser “brat”, no melhor sentido da palavra, virou quase um estilo de vida.
Charli XCX durante perfomance no Grammy 2025 (Foto: Reprodução/Kevin Winter/Getty Images embed)
A cantora conseguiu fazer o que poucos artistas pop alcançam: catalisar um sentimento coletivo, dar forma a uma identidade cultural e criar um senso de pertencimento entre fãs ao redor do mundo. E tudo isso sem a intenção inicial de causar tamanha comoção.
Além do sucesso comercial
Apesar de todo o reconhecimento, Charli XCX deixou claro que não pretende se prender às expectativas criadas por BRAT.
“Não sinto pressão. Eu fiz esse por mim mesma e não imaginei que as pessoas se conectariam assim.”, disse.
Charli XCX
E continuou:
“Meu próximo disco, provavelmente será um fracasso e tudo bem.” Concluiu.
Essa postura reafirma seu compromisso com a autenticidade e a liberdade criativa, ingredientes essenciais para que movimentos culturais reais aconteçam.
Enquanto muitos artistas tentam replicar fórmulas de sucesso, Charli segue o caminho oposto: o da reinvenção constante. E talvez seja justamente isso que transforma seus discos em fenômenos, não por tentativa, mas por verdade.