Ludmilla ganha destaque no The Guardian e é chamada de ‘favorita de Beyoncé

Ana Livia Menezes Por Ana Livia Menezes
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Foto Destaque: Ludmilla se apresenta no Coachella 2024 (Reprodução/ Scott Dudelson/Getty Images Embed)

A estreia de Ludmilla no Coachella 2024, nos Estados Unidos, representou um marco importante em sua trajetória, ganhando destaque no renomado jornal The Guardian nesta terça-feira (30), onde foi apontada como “a favorita de Beyoncé”.

Em uma entrevista concedida ao jornal, Ludmilla abordou temas relevantes como a importância do funk em sua vida e nas comunidades brasileiras, as vivências com o racismo, a polêmica em torno de intolerância religiosa e a luta contra a homofobia.


Ludmilla se apresenta no Coachella em 21 de abril de 2024. (Reprodução/Frazer Harrison/Getty Images Embed)


A ascensão de Ludmilla no cenário musical brasileiro a consolidou como um dos maiores ícones da cultura pop contemporânea. Ludmilla já conquistou um Grammy Latino e se tornou a artista negra mais ouvida no Brasil. Ela também é uma das poucas mulheres de herança afro-latina a alcançar um bilhão de streams no Spotify e a se apresentar no Coachella.

Racismo

Na entrevista, Ludmilla abre-se sobre os episódios de racismo que vivenciou ao longo de sua carreira. “Quando comecei como cantora, fui vítima de racismo e sofri em silêncio. Mas agora sei o quanto sou importante e como posso ajudar mulheres como eu”

Em relação às críticas após sua performance no festival americano, a artista de Duque de Caxias comentou sobre os ataques racistas que enfrentou nas redes sociais: “Depois de minha apresentação no Coachella, vi muitas pessoas me crucificando nas redes sociais e, no final, era só racismo. Uma cantora branca não precisaria se justificar tanto”.

Em relação ao seu show no festival americano, ela afirmou que não se importa com o que os gringos pensam. ‘’O baile funk vem das nossas favelas, do povo, de pessoas como eu que começam a cantar para tentar uma nova vida. Nós não estamos preocupados com o que os ‘gringos’ querem de nós. Os pretos precisam ser donos desse movimento”, disse ela.

Polêmica envolvendo intolerância religiosa

A polêmica em torno da frase “Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”, presente em um vídeo exibido durante seu show no Coachella, gerou debates acalorados sobre intolerância religiosa.

Sobre a controvérsia envolvendo intolerância religiosa, Ludmilla afirmou: “Eu não tenho religião e acredito que preconceito é algo profundamente grave”.

Amor e resistência

Durante a conversa, a artista brasileira abordou a questão da luta contra a homofobia e mencionou como seu beijo com sua esposa, a dançarina Brunna Gonçalves, durante o show no Coachella, viralizou. Ludmilla destacou que após o Coachella, recebeu feedback positivo de muitas mulheres bissexuais e lésbicas que se sentiram representadas.

Ela também enfatizou que a batalha contra a homofobia precisa avançar mais, especialmente considerando o governo Bolsonaro e o projeto de lei contra o casamento homoafetivo.

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