Quem foi Roberta Flack, cantora que eternizou “Killing me softly”

Cantora faleceu aos 88 anos, devido a complicações causadas por sua esclerose lateral amiotrófica (ELA)

Por Caio Guto
4 min de leitura
Roberta Flack
Foto Destaque: Cantora Roberta Flack em 1974 (Reprodução/CBS/Getty Images embed)

Nesta segunda-feira (24), morreu Roberta Flack, considerada uma das gigantes da música soul e do R&B internacional. O anúncio da morte foi confirmada pela revista Variety, e comoveu milhares de fãs ao redor do mundo. Flack é conhecida mundialmente por seus hits “The First Time Ever I Saw Your Face” (1969) e “Killing Me Softly With His Song” (1973), aclamada pela revista Rolling Stone, como uma das 500 maiores músicas de todos os tempos, em 1999.

Relembre a trajetória da artista

Nascida na Carolina do Norte, em 1937, Roberta começou sua carreira de forma semelhante a outros ícones do soul. Sendo filha de um organista gospel, a artista começou sua jornada tocando piano em igrejas ao redor de sua terra natal. Tendo desenvolvido seu talento de forma precoce, logo em seguida, conseguiu uma bolsa de estudos na Howard University, uma das mais conceituadas dos Estados Unidos, com apenas 15 anos de idade.


Roberta Flack presente no Grammy 2022 (Foto: Reprodução/David Crotty/Patrick McMullan/Getty Images embed)


A cantora, enfim, lançou seus primeiros álbuns a partir de 1969, com o lançamento de “First Take”, o disco de “The First Time Ever I Saw Your Face”, cujo sucesso se atribuiu a sua participação na trilha sonora do filme “Play Misty for Me”, lançado em 1971. A canção ainda lhe rendeu o primeiro dos 5 grammys que venceu, ao longo de sua carreira, com o prêmio de Gravação do Ano na edição de 1973.

Sucesso de “Killing me softly” levou-a a outro patamar

Mas o ponto alto de sua carreira veio no ano de 1973, em que Flack gravou sua versão de “Killing Me Softly with His Song”, originalmente composta por Charles Fox e Norman Gimbel, em colaboração com a cantora Lori Lieberman, dona da primeira voz a dar vida ao hit. A faixa originalmente havia sido tocada num estilo mais inclinado a um folk rock lento, e não havia alcançado um bom desempenho nas paradas, após o seu lançamento.

Porém, tudo mudou quando a música chegou aos ouvidos da musa do soul, que decidiu regravá-la, adicionando um toque de piano clássico, além de tornar seu arranjo mais acelerado; o que fez com que sua releitura se tornasse um marco na história da música, rendendo-lhe dois Grammys em 1974 (Gravação do Ano e Melhor Performance Vocal Pop Feminina). A versão de Roberta até hoje é considerada a mais destacada dentre todas as gravações, e seu sucesso fez com que se tornasse uma das canções mais emblemáticas do gênero.


Hit lançado em 1973 na íntegra (Música: Reprodução/Spotify/Roberta Flack)

A cantora foi indicada ao Grammy num total de 13 vezes, sendo a última em 1995, concorrendo ao prêmio de melhor performance vocal pop tradicional, por “Roberta”. Ainda dedicou parte de sua vida a causas de caridade e problemas sociais, como as questões raciais e a desigualdade social e econômica.

Tendo inspirado diversos artistas ao longo das últimas décadas, a certeza que fica é a de que seu legado é eterno, e suas obras inestimadas permanecerão a ecoar aos ouvidos de amantes da música por várias gerações.

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Carioca da gema de 20 anos, atualmente sou graduando em Publicidade e Propaganda, almejando ainda cursar Jornalismo, após o término do curso atual. No geral, me considero uma pessoa criativa, com imensa paixão pela escrita, que se manifesta em diferentes formas, incluíndo principalmente músicas e poemas autorais. Dentro do âmbito jornalístico, o universo esportivo é uma das minhas grandes inspirações, sobretudo o nosso querido futebol. Além disso, sou também fascinado pelo mundo da música e dos videogames, que alimentam minha curiosidade e criatividade, ao mesmo tempo que me proporcionam momentos únicos.
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