Rock In Rio 2024: Evanescence levanta público fiel e surpreende em “Bring Me To Life”

Banda passou por diversos sucessos, com direito a rap do primeiro hit internacional interpretado por Amy Lee

Iamara Lopes Por Iamara Lopes
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Foto destaque: Rock In Rio 2024: Evanescence levanta público fiel e surpreende em “Bring Me To Life” (reprodução/Instagram/Rock In Rio)

O tempo não passou para Amy Lee, vocalista e pianista do Evanescence, e nem para seus fãs. A banda estourou no início dos anos 2000 com “Bring Me To Life”, com direito a rap imposto pela gravadora na época. No Palco Mundo, na edição de 40 anos do Rock In Rio, Amy soltou sua voz lírica com muita jogada de cabelo e solos de piano. Duas décadas depois do primeiro sucesso e com diversas vindas ao Brasil, a última em 2023, a banda atraiu uma multidão vestida a caráter na estética gótica. Os ingressos esgotaram para acompanhar o som de new metal. Acompanhe o que rolou no show deste domingo (15), na cidade do Rock.

Vinte e um anos de sucesso

O show atrasou, em teoria, por um problema na passagem do som da vocalista. Após quase dez minutos, Amy apareceu com uma bandeira do Brasil pintada em um dos lados do rosto. Aos 42 anos, a dona de uma voz inconfundível surgiu com olhos marcados, espartilho, gargantilha, fivelas, coturno e saia em várias camadas e tecidos diferentes – tudo em preto, claro. Os únicos pontos de cor eram as luvas brancas e a maquiagem. “É maravilhoso ver tantas pessoas aqui, é inacreditável”. Amy fez questão de agradecer em português e dizer o quanto amava os fãs. No setlist a banda incluiu “Yeah Right”, “The Game is Over” e “My Heart is Broken”.


Evanescence participa pela segunda vez do Rock In Rio no Brasil, acompanhe (reprodução/Instagram/@rockinrio)


O famigerado rap

É sempre especial vir aqui”, Amy tem um verdadeiro séquito de fãs brasileiros desde o primeiro álbum, “Fallen” (2003). Emocionados ao som de “Going Under” e “Call Me When You’re Sober”, o público respondeu à banda em coro e muito bate-cabeça. Antes de “Use My Voice”, hit do mais recente álbum, “The Bitter Truth” (2021), a vocalista encorajou o público a não permitir que os diminuíssem. “Não deixe ninguém falar por você […] Você vale [a pena], é forte e não está sozinho”.


Acompanhe a versão de “Bring Me To Life” sem o rap imposto pela gravadora (Vídeo: reprodução/YouTube/Evanescence)

No final do show, “My Immortal”, recebeu uma constelação formada por lanternas de smartphones. Os brasileiros são conhecidos por cantarem junto aos artistas durante os shows e não foi diferente esta noite. Logo em seguida, fechando a apresentação, uma Amy cheia de energia cantou “Bring Me To Life“.

A parte da voz masculina teve resposta do público em uníssono. Em entrevistas recentes, Amy falou sobre seu desconforto com a parte interpretada por Paul McCoy. A banda até lançou uma versão do hit sem o rap. Apesar disso, esta noite, Amy cantou o trecho da letra geralmente deixado de fora nos shows. Além dessa surpresa, a vocalista ergueu a bandeira do Brasil no final do espetáculo. Com notas altas, afinadas do início ao fim da apresentação, ela ainda teve fôlego para percorrer o palco de ponta a ponta, cumprimentando os fãs visivelmente felizes.

Jornalista formada pela Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduanda em Jornalismo Investigativo. Leitora voraz, entusiasta de diferentes idiomas, documentarista, apaixonada por viagens, histórias e direitos humanos. Amo o jornalismo, independente do formato. Exploradora do universo dos blogs e agora newsletters.