Rock in Rio 2024: Mariah e Shaw emocionam o público e Luisa Sonza e Akon passam vexame

Outras atrações como Ney Matogrosso, Ne-Yo e Olodumbaiana também marcaram o encerramentos da edição de 40 anos do festival

Joao Pinheiro Por Joao Pinheiro
7 min de leitura
Foto destaque: Mariah Carey, Shawn Mendes, Luísa Sonza e Azkon, durante suas apresentações no Rock in Rio 2024 (Reprodução/Instagram/@gshow/ @tvblobo/@rockinrio/Montagem por João Pinheiro)

Marcado por um misto de sensações no domingo (22), último dia de Rock in Rio 2024, Mariah Carey, Akon, Ney Matogrosso, Alcione e Ne-Yo levaram os fãs a momentos de pura nostalgia, entregando sucessos consagrados de suas carreiras. Esta edição marca os 40 anos de criação do festival, que contou ainda com outros artistas mais jovens que tiveram desempenhos bem diferentes, entre eles a cantora Luísa Sonza. A funkeira trouxe uma apresentação exagerada imitando o TikTok, enquanto o Shawn Mendes surpreendeu ao mostrar uma fase mais madura, chamado a atenção para suas canções do ao invés da sua imagem.

Shawn Mendes

 O astro pop retorna ao Brasil, após dois anos de pausa na carreira, para encerrar a edição do Rock in Rio 2024, fazendo um reencontro com seus fãs e mostrando o quanto cresceu. O cantor pisou nos palcos pela última vez em 2022, logo após interromper a turnê “Wonder” para se dedicar à sua saúde mental. Neste retorno, ele trouxe um pouco do roteiro desta turnê para os fãs brasileiros e rolou inclusive palhinha do seu novo trabalho. Foram quatro ao todo, entre elas, “Heart of Gold”, que ainda será lançada.



Mariah Carey

A diva dos melismas e agudos entregou tudo e muito mais em dois looks que vão ser o centro dos comentários por alguns dias, juntamente com uma sequência de canções que a fizeram vender mais de 150 milhões de discos. A cantora fez o maior show da história do Palco Sunset, com uma retrospectiva musical de sua carreira sem playback e marcada por seus agudos, quebrando o tabu de que “Rock in Rio é um festival para quem não gosta de música”.



Akon

O cantor mostrou-se mais interessado em oferecer uma experiência mais baladeira do que um show em memória de sua carreira. A apresentação trouxe hits sem identidade, desconexos, além de gafes cometidas pelo cantor, ao falar “São Paulo”. E logo os fãs levantaram um coro dizendo: “Rio de Janeiro”. Mas para quem acha que isso intimidou o cantor, está enganado. E o auge das gafes veio quando o cantor apareceu dentro de uma bolha inflável, na tentativa de surfar sobre a multidão. Mas a ideia não deu certo, devido à mesma ter estourado após poucos segundos de uso. Ele tentou se justificar de forma tímida e disse:

Eu queria fazer algo especial pra vocês”.



Tributo a Alcione

A cantora maranhense foi homenageada no Palco Sunset, onde ela mesma conduziu e mostrou porquê é considerada a voz do samba. Em seu repertório estavam hits românticos cantados com as participações de Diogo Nogueira, Maria Rita, Mart’Nália, Péricles e Majur. A sensação foi de déjà vu, pois Alcione cantou em companhia de Maria e Diogo no mesmo palco e horário no Dia Brasil, que aconteceu no sábado.



Luísa Sonza

Na tentativa de conquistar o público em sua estreia no Palco Mundo, a cantora priorizou seu repertório mais dançante, abusando de coreografias virais, produzidas pelo público. Com o objetivo de incluir o maior número de sucessos possível, ela cortou músicas já originalmente curtas, o que trouxe a sensação de estar assistindo o TikTok. Luisa até entregou voz durante o bloco de canções mais intimistas, mostrando sua evolução vocal. Mas, segundo a crítica, no desejo de deixar isso bem claro, ela exagera na gritaria, principalmente na canção “Penhasco”. 



Ne-Yo

O cantor americano de R&B é considerado um dos maiores astros dos anos 2000, e sua apresentação trouxe hits nostálgicos dessa década. Com um setlist bem similar ao apresentado no The Town, no ano passado, com a única novidade sendo a participação de MC Daniel, que entrou vestido com uma camiseta que pedia “Parem as queimadas”. Em sua apresentação, o MC cantou “Vamo de pagodin”, hit viral no país.



Ney Matogrosso

O cantor trouxe o conhecido “Bloco na rua”, exibindo os clássicos da música brasileira. Dentre eles o sucesso “Eu quero é botar meu bloco na rua”, uma releitura da canção de Sérgio Sampaio. A voz do artista não falhou e as músicas saíram perfeitas. Cada movimento foi bem planejado, pois ele é meticuloso até em sua movimentação no palco, conseguindo cativar a plateia ao cantar “Sangue latino”, em uma versão enérgica para a multidão. 



Olodumbaiana

Quando se misturam duas potências da música baiana em uma só, não poderia resultar em coisa melhor. A banda entregou muito na abertura do palco Sunset do Rock in Rio 2024, com um show solar, dançante e com percussão contagiante que fizeram o público jogar as mãos para cima e cantar junto. O show deu uma pausa para interações melódicas entre os guitarristas no palco, além de partes instrumentais que realçaram o repertório do Olodum.



A apresentação mostrou todo potencial instrumental da banda Olodum e reafirmou que o Baiana System está pronto para voar alto no palco Mundo, com base na recepção calorosa recebida pelo público durante sua passagem pelo palco Sunset. 

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Maranhense, estudante de Jornalismo, Redator, Assessor de Imprensa e Social Media
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