Rock in Rio 2024: Palco Mundo recebe grandes nomes do rock brasileiro e resgata as origens

Com grandes nomes do rock nacional, o show se tornou uma promessa para as fãs antigos reencontrarem as raízes do Rock in Rio

Raniel Macêdo Por Raniel Macêdo
10 min de leitura
Pra Sempre ROCK no Rock in Rio 2024 | Melhores Momentos | #RockinRioNoMultishow

Na noite deste sábado (22), a Cidade do Rock entregou aos fãs do rock nacional o “Pra Sempre Rock”, uma coletânea de shows com os grandes nomes nacionais do rock and roll. Com as apresentações de Pitty, Capital Inicial, Detonautas, Nx Zero, Rogério Flausino e Toni Garrido. O evento promete reviver os tempos dourados do Rock in Rio com os grandes nomes do rock and roll brasileiro. 

Capital Inicial 

Falando em grandes nomes, a abertura dos gigantes do rock ficou a cargo da banda Capital Inicial, que iniciou com a clássica canção sobre a adolescente rebelde que deixa a casa dos pais, a intitulada “Natasha”. Não decepcionando ninguém, o grupo seguiu com “Primeiros Erros”, deixando o público bem a vontade para reviver uma canção que já acompanhou muitos jovens no retorno da escola. 


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Dino Ouro Preto no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)

Mesmo com a confusão significativa nos horários e o atraso de horas — afinal, o mundo dos roqueiros estava previsto para começar por volta de 00h, mas iniciou às 2h —, o público parecia disposto a engajar o show dos donos do hit sobre os erros pretéritos. Havia energia de sobra para cada um cantar “A sua Maneira”, da única maneira possível: aos gritos, pulos e com o coração. 

Tornando o momento ainda mais significativo, Dinho Ouro Preto, vocalista da banda, abraçou o público — em tom literal — quando se entregou ao mar de pessoas cantando com mais proximidade uma música tão marcante aos fãs do rock nacional. 

Toni Garrido 

Com abertura do Capital Inicial, Toni Garrido assumiu a noite do rock. Com energia contagiante, Garrido já tomou o palco com um pedido: todos pulando, ele queria o público pulando enquanto cantava “Onde Você Mora?”. 

Em seguida, o cantor, que foi vocalista da banda Cidade Negra, tocou ao público “A sombra da Maldade”. Prosseguindo com a canção “A Estrada”. 

É perceptível que a energia do público, que começou contagiada pelo Capital Inicial, foi se perdendo gradualmente. Em hipótese pelo estilo musical ou talvez pelo horário, mas era evidente que Garrido estava com certa dificuldade para energizar o público e mante-los na atmosfera de seu show. 

Terceirizando um sucesso Nando Reis, popularizado em dueto entre o ruivo e Marisa Montes, Toni Garrido se movimentou pelas extremidades do Palco Mundo, levando ao público um gostinho do romance Marisa e Nando, nos anos 90. 

Pitty 

Com a intimidade de quem se sente a vontade, a roqueira Pitty foi o terceiro nome a subir no palco, encontrando todo o carinho dos fãs e os levando a loucura quando a cantora equalizou com “Equalize”. Dedicado em acompanhar a artista, os fãs pareciam uniformes com Pitty, hipnotizados na canção enquanto acompanhavam a letra.  


Pitty canta “Equalize” (Vídeo: reprodução/Instagram/@rockinrio)


Com uma escolha quase em storytelling, a baiana entregou “Na sua estante”, um clássico de sua trajetória musical e um dos grandes sucessos dos anos 2000, e permanece na memória dos fãs até os dias atuais. 

“São 40 anos de Rock in Rio e eu lembro dessa menina lá na Bahia vendo isso pequena, numa TV que nem pegava direito e imaginando um lugar onde as pessoas pudessem realmente viver a música. É muito bom estar aqui nesse palco hoje.”, contou Pitty.

Pitty prosseguiu sua setlist com a canção de desabafo para os desvalorizados: “Me adora”, entregou aos fãs uma história quase narrada pela própria cantora em um pedido de mantimento dos bons tempos após uma decepção amorosa, mantendo a reputação e integridade do que um dia foi amor. 


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Pitty no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)

Como de costume, o show de Pitty segurou bem a empolgação do público, se desenrolando cuidadosamente com as canções escolhidas a dedo. 

Rogerio Flausino 

Flausino recebeu o palco das mãos de Pitty. Com violão e microfone no suporte, o líder do Jota Quest, começou sua participação com “Dias Melhores”, canção já tatuada na memória de qualquer fã de rock, o que contribuiu para sustentar o público desinibido que Pitty deixou. 


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Rogério Flausino, do Jota Quest, se apresenta no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)

Surpreendo, Flausino cantou “Amor Maior”, recebendo o apoio do público e dos famosos, onde foi possível ver desde Gio Lancelot até Camila Queiroz e Kleber Toledo, que curtiram o show agarradinhos cantando os sucessos ao som da voz de Rogerio, que representava sua banda, Jota Quest. 

“Isso aqui é uma festa da música brasileira e hoje é o nosso dia!”

Com facilidade, o vocalista resgatou a disposição do público puxando o famoso “pogo” — termo usado quando o público de um show pulam todos ao mesmo tempo, no mesmo lugar —, e a responsável por isso foi a canção “Do seu lado”, que revive o refrão “o amor é o calor que aquece a alma”.

Detonautas 

O roque clube comandou o palco mundo assim que o atual Jota Quest o deixou, abrindo seu show com a canção “Quando o sol se for”, um clássico do grupo fundando 1997 e que coleciona sucessos no cenário do rock nacional desde então. 


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Detonautas no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)

Com o pedido especial que o público iluminasse o momento com a lanterna de seus celulares, Detonautas cantou “Olhos Certos”, trazendo todo o sentimento que compõe a banda em uma fiel demonstração que há muito amor empregado em um estilo musical tipicamente tido como agressivo.

NX Zero 

O grupo, que estava presente na playlist de muitos adolescentes emos dos anos 2000, dividiu o palco com o roque clube cantando “Outro Lugar”, composição de Detonautas.  

Com aval dos vocalistas, o público abriu a famosa roda punk e em meio ao mosh contagiante curtiram o show de rock da maneira mais tradicional possível: com terremoto de roqueiros indo uns contra os outros em um ato de liberdade e representação. 

Não distante da energia avassaladora do público, Di Ferreiro e Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas, dominaram o Palco Mundo, tornando o espaço pequena para toda a movimentação dos artistas. 


Detonautas e NX Zero (Vídeo: reprodução/Instagram/@rockinrio)


Agora sozinhos no comando do show, o NX Zero reviveu a época alternativa cantando “Só rezo”. Com instrumentária pesada, o grupo segurou a nostalgia na ponta dos solos de guitarra e vocais pesados de Di Ferrero. 

Trazendo à tona uma onda de sentimentos indescritíveis, a banda cantou “Cedo ou Tarde”, invadindo o palco e o público com memórias passadas. Ao olhá-los de perto, a sensação era de observar um grupo de pessoas revivendo algum momento de sua trajetória da maneira mais irremediável possível. 


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Di Ferrero, do NX Zero, no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)

Os fãs ainda tiveram a surpresa de ouvir o refrão em rap na voz de Chorão, o ex-vocalista do Charlie Brown Jr. Uma homenagem do NX Zero ao cantor com quem gravaram uma versão da canção que foi ao ar em 2013. 

De volta ao palco, Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, embalou o público com Di Ferrero ao som de “Razões e Emoções”.


NX Zero fecha a noite (Vídeo: reprodução/Instagram/@rockinrio)


Com chave de ouro

Para encerrar a noite dos grandes nomes do rock and roll com chave, o público recebeu de presente os artistas que passaram no “Pra Sempre Rock” cantando “Por Enquanto”, canção de Cássia Eller. 

Acompanhar muitos dos gigantes do rock nacional em uma única noite se tornou um dos pontos mais altos do sábado na Cidade do Rock, resgatando as origens do evento que se iniciou em nome do rock e foi se moldando com as tendências temporais. O reencontro do rock and roll com nomes nacionais e um público disposto a companha-los foi sem dúvidas uma dádiva aos amantes do estilo musical que atravessa gerações e sobrevive entre as muitas tendências que se perderam ao longo dos anos. 

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Formado em Design Gráfico, mas com o coração sempre voltado para a escrita, busco me aventurar cada vez mais na área que tanto admiro. Encontrei na oportunidade como redator um caminho para crescer e me desenvolver profissionalmente, desbravando uma área vasta e, muitas vezes, subestimada. Posso não ter muito a dizer, mas tenho um universo inteiro para escrever.
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