Bad Bunny surpreendeu os fãs ao anunciar que os Estados Unidos estão fora da rota de sua nova turnê mundial, intitulada “Debí Tirar Más Fotos World Tour”. Em entrevista à Variety, o artista porto-riquenho justificou a ausência do país norte-americano de forma direta: “É desnecessário”. Segundo ele, o público estadunidense já teve diversas oportunidades de assisti-lo ao vivo nos últimos anos.
Durante a entrevista, Bad Bunny destacou que os fãs norte-americanos foram bem atendidos em suas turnês anteriores, com diversas apresentações em solo dos EUA nos últimos seis anos. Por isso, agora ele decidiu concentrar seus esforços em outras regiões do mundo que ainda não tiveram tantas chances de vê-lo nos palcos. A decisão marca um reposicionamento estratégico em sua carreira, visando se conectar com novos públicos e fortalecer sua base de fãs globalmente.
A nova turnê começará em novembro de 2025 e se estenderá até julho de 2026, com apresentações confirmadas na América Latina, Europa, Austrália e Japão. Pela primeira vez, o Brasil entra no itinerário do cantor, sendo um dos destaques da agenda e uma promessa de momentos históricos para os fãs brasileiros.
Reparação histórica em Porto Rico
Antes de iniciar os shows internacionais, Bad Bunny realizará uma residência exclusiva em Porto Rico, seu país natal. A iniciativa foi chamada pelo próprio artista de uma “reparação histórica”, e será uma oportunidade única para os porto-riquenhos verem de perto o astro em apresentações intimistas. O gesto reforça seu compromisso com suas raízes culturais e com o reconhecimento de sua trajetória.
A ausência dos Estados Unidos pode até causar surpresa, mas Bad Bunny deixa claro que se trata de uma decisão consciente e estratégica. Apostando na expansão e em novos horizontes, o astro latino mostra mais uma vez por que é considerado um dos artistas mais influentes da música global atualmente.
Impacto cultural e independência artística
A decisão de Bad Bunny também reflete uma postura cada vez mais presente entre artistas latinos que buscam autonomia sobre suas carreiras e rotas de turnê. Ao não se render à pressão do mercado norte-americano, o cantor reafirma seu compromisso com a cultura latina e abre espaço para uma valorização mais ampla da música feita em espanhol e de suas origens caribenhas. Seu movimento inspira uma nova geração de artistas a priorizarem conexões reais com seus públicos ao redor do mundo.
Com essa escolha ousada, Bad Bunny se consolida não apenas como um fenômeno musical, mas também como uma voz ativa na reconfiguração das narrativas da indústria global. Ao privilegiar países historicamente à margem de grandes turnês internacionais, o artista contribui para um cenário mais diverso e representativo na música pop. Sua trajetória mostra que sucesso e coerência artística podem, sim, andar juntos.