Na madrugada desta sexta-feira (24), a Rússia afirmou ter interceptado mais de 100 drones lançados pela Ucrânia, que tiveram como alvo 13 regiões do país, incluindo Moscou. O ataque obrigou o fechamento temporário dos aeroportos Vnukovo e Domodedovo, causando o redirecionamento de seis voos. Apesar dos danos relatados, as autoridades russas afirmaram que todos os drones foram abatidos, e não houve feridos.
O ataque
Entre os alvos mencionados pela Ucrânia estavam uma refinaria de petróleo em Riazan, cerca de 170 km ao sul de Moscou, e uma fábrica de microeletrônica em Briansk. Segundo a Ucrânia, essas instalações são cruciais para o abastecimento militar russo. Após as explosões, uma grande bola de fogo foi avistada sobre a refinaria. Autoridades russas informaram que seis drones foram abatidos sobre a região de Moscou, enquanto outros foram destruídos em áreas próximas à fronteira com a Ucrânia, incluindo Kursk, Briansk e Belgorod.
Os ataques ucranianos seguem como parte de uma estratégia para atingir estruturas energéticas e militares russas, com o objetivo de enfraquecer o aparato militar do país. Em resposta, a Rússia realizou um ataque com 58 drones contra a Ucrânia, que resultou na morte de três pessoas em Kiev, além de danos a prédios residenciais, casas e veículos.
Impactos na infraestrutura e escalada do conflito
Em Kursk, o ataque ucraniano danificou linhas de energia, interrompendo o fornecimento elétrico em um distrito da cidade, segundo o prefeito Igor Kutsak. Outras regiões, como Saratov, Voronezh, Lipetsk e Tula, também foram alvos dos drones.
Do lado ucraniano, as vítimas fatais em Kiev foram causadas por destroços de drones russos, conforme reportado pelo Ministério do Interior. Embora 25 drones tenham sido interceptados e 27 desviados, os danos em estruturas civis foram significativos, aumentando a tensão no já prolongado conflito.
Ambos os lados continuam utilizando ataques com drones como uma ferramenta estratégica, agravando os impactos humanitários e reforçando a complexidade do conflito.