Chefes de estados de países da Europa, liderados pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, estiveram no último sábado (10) na Ucrânia, buscando um acordo de paz. Juntos e na presença do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, demonstraram apoio absoluto ao país e anunciaram que vão pressionar a Rússia por um “cessar-fogo completo e incondicional de 30 dias”.
Emmanuel Macron, presidente da França, Keir Starmer, premiê do Reino Unido, e Friedrich Merz, chanceler da Alemanha, visitam juntos Kiev pela primeira vez. O país está em guerra desde fevereiro de 2022, após a invasão russa.
Merz tem apoio dos EUA
Dessa forma, com o apoio dos Estados Unidos, os líderes europeus pressionam o presidente russo Vladimir Putin a aceitar um cessar-fogo. O objetivo de Merz é abrir espaço para negociações que viabilizem uma paz justa e duradoura. Afinal, eles acreditam que é essencial pôr fim à invasão russa e garantir que a Ucrânia prospere como uma nação segura e soberana dentro de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente.
Entretanto, a guerra na Ucrânia já ultrapassa 1.170 dias. Estima-se que mais de 700 mil soldados russos tenham sido mortos ou feridos, enquanto as baixas ucranianas ultrapassam 400 mil militares. Além das vidas perdidas, os prejuízos econômicos são imensos, com a reconstrução do país podendo ultrapassar 500 bilhões de dólares.
Alemanha defende sanções severas
O chanceler alemão defende o endurecimento das sanções contra a Rússia caso Putin rejeite o cessar-fogo. Entre os pontos defendidos por Friedrich Merz, estão: o congelamento de ativos russos no exterior, restrições ao setor energético, incluindo limitações na exportação de petróleo e gás, reduzindo a receita russa, além do aumento da ajuda militar à Ucrânia, com um pacote de 3 bilhões de euros para fortalecer as forças ucranianas.
Em contrapartida, Emmanuel Macron busca estabelecer um canal de diálogo direto entre Moscou e Kiev para viabilizar a trégua de 30 dias proposta por europeus, americanos e ucranianos.
Rússia rebate declarações de Merz
Por enquanto, ao responder às declarações do chanceler alemão Friedrich Merz, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, minimizou o impacto das sanções impostas pelo ocidente. Peskov alegou que a Rússia já aprendeu a driblar as restrições e reduzir seus efeitos.
Por fim, o porta-voz afirmou que, para a Rússia aceitar uma trégua de 30 dias na guerra com a Ucrânia, é essencial interromper imediatamente o fornecimento de armas para Kiev. Segundo ele, o governo ucraniano não demonstra disposição para negociações e não seria Vladimir Putin o responsável por dificultar um acordo.