A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da venda da pasta de dente Colgate Clean Mint em todo o país, após relatos de efeitos adversos em consumidores. Publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (27), a decisão tem caráter cautelar e duração inicial de 90 dias. A Colgate pode contestar a medida.
Reações após uso do produto
A nova fórmula, lançada em julho de 2024, é uma versão do Colgate Total 12 e apresenta como principal alteração o uso de fluoreto de estanho, substituindo o fluoreto de sódio presente na versão anterior.
A suspensão foi justificada pela Anvisa com base em oito notificações, que resultaram em treze eventos adversos relacionados ao uso de cremes dentais da marca.
Os sintomas mais comuns incluem inchaço das amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.
A interdição significa que o produto foi proibido de ser comercializado, distribuído ou utilizado devido a riscos à saúde pública e à segurança dos consumidores.

Pronunciamento da marca
Essa medida é adotada quando há evidências de que o produto pode causar danos, como reações adversas, contaminação ou não conformidade com normas sanitárias.
Em nota, a Colgate afirmou que a fórmula é segura, sendo resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento.
A empresa também afirma que os produtos e ingredientes usados em sua composição são submetidos a diversos testes rigorosos e recebem a aprovação de agências regulatórias em todo o mundo.
“O uso é seguro e não esperamos relatos de reações”, afirma a marca.
No entanto, a Colgate reconheceu que uma minoria de usuários poderia apresentar sensibilidade a alguns ingredientes da nova fórmula, como o fluoreto de estanho.
Especialistas recomendam que, em caso de reações adversas, os consumidores suspendam o uso imediatamente e optem por versões com fórmulas mais tradicionais.