Após apagão histórico de quatro dias, Cuba recupera energia para mais de 70% da população

Apagão causado após problemas na distribuição de energia, ilha ficou sem eletricidade por mais de quatro dias

Joao Gustavo O. Silva Por Joao Gustavo O. Silva
3 min de leitura
Foto destaque: Após ficar sem energia por mais de 4 dias, mais da metade da população cubana tem energia (Reprodução/ X/ @reporterenato)

Após colapso na Central Termelétrica Antonio Guiteras, o fornecimento de energia da ilha caribenha foi comprometido desde a sexta-feira (18). Nesta segunda-feira (21) Cuba também sofreu com a passagem do furacão Oscar, milhões de pessoas enfrentam os danos, além da falta de eletricidade.

Retorno gradual

Ainda na segunda-feira (21), a energia havia retornado para pelo menos 36% da população. No mesmo dia, o ministro das Minas e Energia, Vicente de la O Levy, afirmou que a normalização para a maioria da população ocorreria à noite, e que na terça-feira (22) ocorreria a normalização.

O ministro afirmou:

O último cliente poderá receber o serviço na terça-feira.”

Após o colapso da central elétrica, a ilha ficou sem energia para quase toda a população. O retorno começou no sábado (19), porém o sistema voltou a entrar em colapso. Houve relatos de comida apodrecendo nas geladeiras e outros danos para a população.

Nesta terça-feira (22), mais de 70% da população teve a energia reestabelecida. Desde o domingo (20) grande parte da capital Havana já possuía o fornecimento reestabelecido.


Crise de energia causa prejuízos para a população cubana (Reprodução/ X/ @pmanzo70)

O que aconteceu

O colapso do fornecimento de energia ocorreu porque a ilha possui uma infraestrutura de energia obsoleta e aumento na demanda da população. A normalização está sendo possível com esforços para reestruturar a cobertura. Com a passagem do furacão Oscar, a situação foi agravada e os esforços para a recuperação tiveram que ser redobrados.

Cuba tem enfrentado uma crise econômica sem precedentes. A população vive dificuldades para obter alimentos e medicamentos. O país atualmente está sob um embargo liderado pelos Estados Unidos, o que dificulta a disponibilidade de recursos para a infraestrutura. Apagões menores são constantes em toda a ilha, situação que já foi motivo de protestos por parte da população contra o regime atual.

O presidente do país, Miguel Díaz-Canel, chegou a alertar a população sobre agitações e protestos, indicando que poderiam haver processos e prisões nesses casos.

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