Nesta segunda-feira (15), Israel voltou a atacar a Faixa de Gaza, pelo sul e pelo centro. Moradores de Rafah relataram que as forças israelenses explodiram várias casas.
A mesma guerra de narrativas para justificar o injustificável
Os bombardeiros aéreos e de tanques foram intensificados pelos militares. Os históricos campos de refugiados de Al-Bureji e Al-Maghazi foram os principais alvos. Cinco palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense em uma casa no campo de Maghazi, de acordo com as autoridades de saúde.
Por outro lado, os militares israelenses disseram que dezenas de alvos militares palestinos foram atingidos pelas forças aéreas, acertando vários homens armados em Rafah e no centro de Gaza. Houve, inclusive, combate corpo a corpo.
Rafah em mais um dia de conflito (Foto: reprodução/Eyad Baba/AFP/Getty Images embed)
Uma ramificação do grupo militante da Jihad Islâmica, brigada Al-Quds, teria feito um comunicado de que seus combatentes estavam envolvidos em batalhas ferozes no campo de Yabna, em Rafah.
A Zona Segura não era segura
Centenas de milhares de palestinos fugiram para Mawasi, periferia de Khan Yunis, após Israel declarar um local seguro. Essa zona populosa, próxima da costa do Mediterrâneo, transformou-se em um terreno baldio carbonizado, com muitos carros queimados e corpos mutilados, após os ataques do fim de semana.
Israel justificou que o ataque visava dois altos dirigentes do Hamas: Mohamed Deif, seu chefe militar, e Rafa Salama, comandante do grupo em Khan Yunis. Esses foram apresentados como “os dois cérebros do massacre de 7 de outubro”, que desencadeou a guerra.
O Exército anunciou que Salama morreu no bombardeiro. Um alto comandante do Hamas afirmou que Deif está vivo.