Argentina cancela mais de 700 voos devido à greve geral contra o governo de Milei

Laura Galdino Por Laura Galdino
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Manifestantes fazem escárnio da imagem do presidente argentino Javier Milei (Foto: reprodução/Instagram/Natacha Pisarenko)

Cerca de 700 voos que deveriam partir ou chegar em aeroportos argentinos nesta quinta-feira (9) foram cancelados devido à greve geral promovida por sindicalistas frente aos cinco meses de governo de Javier Milei.

Com a adesão de profissionais como pilotos e trabalhadores aeronáuticos à greve, apenas no Aeroporto Internacional Ministro Pistarini de Ezeiza e Aeroporto Jorge Newberry em Buenos Aires, já houveram 400 voos cancelados e 55 mil passageiros prejudicados, conforme a administradora Aeropuertos Argentina 2000.

 BRA para ARG

Ao menos 31 voos entre Brasil e Argentina que seriam realizados nesta quinta tiveram de ser cancelados. A companhia aérea Gol informou o cancelamento de todos os seus voos de ou para os aeroportos de Buenos Aires, Mendoza, Córdoba e Rosário. Da Gol, pelo menos oito voos foram cancelados.

Ainda segundo a Gol, para os clientes afetados pelo cancelamento, foram criadas operações extras nesta sexta para compensação. Os clientes com passagem dos voos cancelados poderão alterar a data e horário sem custo algum ou poderão solicitar o reembolso integral do valor pago na passagem.

A Latam também informou o cancelamento de toda sua operação para e de aeroportos argentinos, desta, pelo menos dez voos foram cancelados.

Greve na argentina (Foto: reprodução/Twitter/@sputnik_brasil)

Prejuízo

 A companhia aérea bandeira do país, Aerolíneas Argentinas, teve de cancelar 191 voos nacionais e internacionais, afetando aproximadamente 24 mil passageiros, sendo 3 mil deles de voos internacionais, totalizando um custo de US$ 2 milhões. A empresa ainda informou que não oferecerá atendimento presencial de funcionários nem nos aeroportos e nem em suas filiais devido à greve.

Greve geral

 A greve geral de 24 horas que aconteceu nesta quinta é a segunda medida tomada pelos sindicalistas opositores ao governo de Javier Milei com duração de apenas 5 meses. A primeira delas foi em 24 de janeiro e teve caráter nacional durante 12 horas que também paralisaram o setor aeronáutico do país.

Agora, a convocação aconteceu em reação ao mega projeto de lei de Javier Milei que promove mudanças na administração pública e também em diversas legislações do país. Além disso, a lei também declara estado de emergência pública administrativa, econômica, financeira e energética e concede ao próprio presidente poderes legislativos para governar estas áreas.

O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e será votado pelo Senado na próxima semana. Caso seja aprovado, permitirá que o governo dissolva órgãos públicos e privatize parte de suas estatais, entre elas a Aerolíneas Argentinas.

 

 

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