Argentinos protestam novamente após apresentação de nova versão da Lei Ônibus

Sabrina Oliveira Por Sabrina Oliveira
3 min de leitura
Foto destaque: Protesto contra o presidente Javier Milei (reprodução/Matias Baglietto/NurPhoto/Getty Images Embed)

Nesta quarta-feira (10), a Argentina enfrentou novos protestos contra as medidas econômicas impostas pelo presidente Javier Milei. A manifestação se deu pela apresentação final da Lei Ônibus, documento que defende reformas no estado argentino. 

Os manifestantes reuniram-se por volta das 11h no antigo local do Ministério de Desenvolvimento Social e foram caminhando até chegarem num trecho da Avenida 9 de Julho, principal passagem do centro de Buenos Aires. Eles foram imediatamente parados pela polícia, que utilizou balas de borracha, gás lacrimogêneo e canhões de jatos d’água para conter as pessoas. 


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Policiais contendo manifestantes (Foto: reprodução/Matias Baglietto/NurPhoto/Getty Images Embed)


 Os participantes do protesto defendiam também o auxílio a refeitórios populares revogado em dezembro, em nota, o estado afirma que busca uma forma de ajudar diretamente os necessitados sem o intermédio de organizações.  

Greve e demissões

O novo governo enfrenta diversas manifestações diárias desde o seu início no ano passado, uma das medidas tomadas para evitar essas ações foi um protocolo para impedir que participantes bloqueiem estradas e tráfego. 


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Presidente Javier Milei discursando em evento (Foto: reprodução/Tomas Cuesta/Getty Image Embed)


Os acontecimentos de ontem, além de serem contra o presidente, também evidenciavam demissões de funcionários públicos ocorridos na semana passada que afetou cerca de 15 mil servidores. A operação terminou com 11 presos e vários feridos, segundo Waldo Wolf, ministro de Segurança de Buenos Aires, os policiais também foram atacados com pedras pelos manifestantes. 

Lei Ônibus

A Lei Ônibus foi apresentada pela primeira vez por Javier Milei em dezembro, e estabelece que na atual emergência pública nas áreas econômicas, fiscal, financeira, segurança e defesa, Milei teria o direito de intervir em diversos aspectos do governo até o fim do seu mandato, mas mudou alguns aspectos devido a negociações. 

A versão, entregue na última terça-feira (09), afirma o poder do presidente de governar sem o Congresso nos campos do administrativo, energético, financeiro e econômico.  Além de definir a diminuição de 40 empresas estatais para apenas 18, e o desconto do salário de trabalhadores que participarem de protestos. 

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