De acordo com relatórios iniciais das autópsias, quatro vítimas do naufrágio do iate Bayesian, na Itália, faleceram sufocadas nas cabines da embarcação, e não por afogamento. A informação foi publicada pelo jornal La Repubblica.
De acordo com os indícios, a falta de oxigênio dentro da embarcação, que submergiu, foi a causa do trágico desfecho, levando os passageiros a não conseguirem respirar. As autópsias dos corpos dos casais Jonathan Judith Bloomer e Chris e Neda Morvillo revelaram que eles estavam confinados em uma “bolha de ar” no iate Bayesian.
Os médicos legistas determinaram que as mortes foram causadas por “morte por confinamento” ou “afogamento a seco”, já que as vítimas não tiveram contato com água. As investigações sugerem que elas podem ter morrido dentro das cabines, sem conseguir sair. Exames adicionais estão sendo realizados para confirmar a causa das mortes, com autópsias programadas para os outros três falecidos nesta sexta-feira, 6.
Naufrágio
“O vento estava muito forte. O mau tempo era esperado, mas não nessa magnitude“, disse um oficial da Guarda Costeira em Palermo à agência de notícias Reuters.
Devido à hora, a maioria dos passageiros estava dormindo em suas cabines do iate. Uma sobrevivente relatou que acordou com a água dentro da embarcação e se dirigiu ao convés. Tornados são raros no Mar Mediterrâneo, mas em agosto, fortes tempestades e chuvas impactaram diversas áreas da Itália, resultando em inundações e deslizamentos de terra.
Dono do Iate
O britânico Mike Lynch, de 59 anos, é um renomado empresário de tecnologia, conhecido como o “Bill Gates do Reino Unido” por fundar a Autonomy, a maior empresa de software do país. Em 2011, a empresa foi vendida à Hewlett-Packard (HP) por US$ 11 bilhões. Lynch também co-fundou a Invoke Capital, uma firma de capital de risco que investe em startups na Europa. Em 2023, ele foi extraditado para os Estados Unidos acusado de fraude, mas em junho foi inocentado de todas as 15 acusações.