Brasil é o segundo país mais perigoso para ativistas ambientais

O relatório que saiu esta semana ainda aponta problemas de corrupção e desvios de verbas

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Foto destaque: Imagem da Floresta Amazônica (Reprodução/Saul Loeb/ Getty Images Embed)

O relatório de Transparência Internacional de 2024, segundo noticiado no site O Globo, mostra o impacto e a persistência em relação à criminalidade na agenda climática, e coloca o Brasil como segundo país mais perigoso para ativistas ambientais. Mesmo que mostre o avanço de ações de Estratégia Nacional de Combate à corrupção e à lavagem de dinheiro (ENCCLA) como um instrumento de combate à corrupção ambiental, um documento divulgado esta semana, define este enfrentamento como um dos desafios mais urgentes do país e também do mundo.

Sobre recursos desviados

Renato Morgado, gerente de programas da ONG, aponta que práticas de corrupção distorcem políticas e decisões públicas e muitas vezes desviam recursos necessários para as medidas de mitigação e de adaptação. Além dos desvios também no Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), que é um dos principais órgãos de combate às secas no Nordeste.

Neste contexto a corrupção, além de prejudicar a vida de milhões de pessoas, aumenta a crise climática e provoca violência direta contra os defensores ambientais, é o que mostra a Transparência Internacional, ainda segundo O Globo, dos registros de 1.013 profissionais que foram assassinados entre 2019 e 2023, 99% viviam nos países com pontuação abaixo de 50 no índice de percepção da ,corrupção, com dados cruzados pela ONG com dados da Global Witness.

A Global Witness afirma que os assassinatos são uma das formas mais violentas de silenciamento, mas não a única. Ativistas também enfrentam, intimidação, campanhas de difamação e criminalização. A organização recomenda a documentação rigorosa desses ataques para que os governos possam aprimorar programas de proteção aos defensores do meio ambiente. 


Relatório da Global Witness
Relatório da Global Witness de 2022 onde já apontava Brasil com alta de periculosidade( Foto: reprodução/ Global Witness)

Sobre o silêncio do Presidente Lula

Um  dos destaques negativos mostrado pelos documentos, ainda segundo o site, está o “silêncio reiterado do presidente Lula em relação a pauta anticorrupção”, a institucionalização da corrupção em larga escala com persistência, agigantamento e descontrole das emendas orçamentárias com fraca insubordinação às decisões do Supremo Tribunal (STF) e ainda “aprovação da Proposta de Emenda à Constituição( PEC) da Anistia.

A CPT (Comissão Pastoral da Terra) ressalta a importância de denúncias à comunidade internacional para expor os perigos enfrentados por ativistas no Brasil e espera que haja cobranças para maior monitoramento de empresas que operam em áreas de conflito e promovem violência no campo.

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