Brasil é o segundo país que mais sofre ataques cibernéticos no mundo

Estudo aponta cerca de 1.379 golpes por minuto; usuários devem investir em capacitação

Camila Crespo Por Camila Crespo
3 min de leitura
Foto destaque: Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky (Reprodução/Instagram/@kaspersky)

O Brasil carrega mais um título nada satisfatório: é o segundo país com o maior número de ataques cibernéticos no mundo. Segundo o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, realizado pela empresa Kaspersky, ao longo dos últimos 12 meses, o país registrou cerca de 700 milhões de ataques cibernéticos, uma média de 1.379 incidentes por minuto.

Inteligência artificial nos ataques

A inteligência artificial tem ajudado nos avanços dos ataques cibernéticos, tornando-os mais difíceis de detectar. Entre os principais ataques está o “vishing”, em que são utilizados recursos de voz para simular vozes de outras pessoas, enganando as vítimas e gerando o “fishing”, que consiste em adquirir informações. O fishing representa 90% dos ataques cibernéticos.

Segundo o relatório Cost of a Data Breach”, da International Business Machines Corporation, o custo médio de violação de dados no país é de R$ 6,75 milhões. O “phishing”, a forma de ataque mais comum, pode atingir a R$ 7,75 milhões por violação.

As tecnologias desempenham um papel fundamental, mas a resiliência cibernética é influenciada tanto pelas pessoas, quanto pela cultura. “Um foco exagerado na tecnologia pode resultar na falta de capacitação e conscientização dos funcionários”, afirma um especialista.


Brasil é o maior país atacado por cibercriminosos (Foto: reprodução/X/@Kasperskybrasil)

Como fortalecer a segurança

Chelsea Jarvie é uma escocesa especialista em segurança cibernética e conta como a tecnologia se torna um desafio para os ataques. Além disso, reforça a importância dos usuários utilizarem medidas reforçadas para proteção, no entanto, destaca que esse processo não depende apenas de tecnologias modernas para se sustentar.

Segundo Chelsea, é fundamental estabelecer processos e campanhas que incorporem a segurança no dia a dia dos colaboradores, além de promover treinamentos que os auxiliem a compreender as metas dos atacantes e como evitar cair em diversas armadilhas.

Para evitar os ataques e fortalecer a segurança, a Kaspersku recomenda atualizar sempre os sftwares para corrigir vulnerabilidades, adotar soluções fortes e realizar treinamentos para que os colaboradores estejam preparados para identificar possíveis ameaças.

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