O Banco Central do Brasil anunciou que o país teve um déficit de US$ 5,1 bilhões em transações correntes no mês de janeiro, um valor menor do que as projeções dos especialistas, que estimavam um saldo negativo de US$ 5,6 bilhões para o período. Esse déficit, acumulado em 12 meses, representa cerca de 1,12% do Produto Interno Bruto (PIB).
Investimentos diretos e balança comercial: destaques positivos
Uma boa notícia foi o aumento nos investimentos diretos no país, que totalizaram US$ 8,741 bilhões em janeiro, ultrapassando as expectativas de US$ 5,2 bilhões. Esse aumento pode indicar um crescente interesse de investidores estrangeiros na economia do Brasil.
Além disso, a balança comercial apresentou resultados positivos, registrando um superávit de US$ 4,365 bilhões no mesmo mês, em comparação com os US$ 884 milhões de janeiro do ano anterior. As exportações de bens totalizaram US$ 27,3 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 23 bilhões, representando aumentos de 18,7% e 3,7%, respectivamente, em relação a janeiro de 2023.
Desafios persistem em contas primárias e serviços
No entanto, alguns desafios persistem. A conta de renda primária apresentou um déficit de US$ 6,297 bilhões, embora menor do que no mesmo período do ano anterior. O déficit na conta de serviços aumentou para US$ 3,277 bilhões, e as despesas líquidas com juros também subiram para US$ 3,9 bilhões em janeiro.
Perspectivas de melhora com receitas de lucros e dividendos
O Banco Central atribui parte da redução do déficit nas transações correntes ao aumento das receitas brutas de lucros e dividendos, que totalizaram US$ 2,7 bilhões em janeiro de 2024, comparado a US$ 1,4 bilhão no mesmo mês do ano anterior.
Complexidade econômica brasileira
Esses dados revelam uma dinâmica complexa na economia brasileira, com sinais mistos de recuperação em diferentes setores e desafios persistentes a serem enfrentados.