A família da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que sofreu uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no sábado (21), comunicou pelas redes sociais que as buscas pela jovem foram mais uma vez suspensas, três dias após o acidente. Até o momento, não há novidades sobre seu paradeiro.
Segundo informações divulgadas pelo perfil “@resgatejulianamarins”, criado por parentes e considerado o canal oficial sobre o caso, as operações de resgate foram interrompidas por volta das 16h no horário local (5h em Brasília), devido às condições climáticas. Ainda de acordo com a família, os trabalhos já estavam programados para interromper ao anoitecer, já que não são realizados durante a noite.
Falta de auxílio
A família de Juliana chegou a expressar preocupação com a possibilidade de que ela não resistisse antes de receber ajuda. O Monte Rinjani, que atinge 3.726 metros de altitude e é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, é um destino bastante procurado por turistas.
Por meio do perfil oficial, os familiares também manifestaram críticas às autoridades locais. Eles relataram indignação com o fato de o parque onde ocorreu o acidente continuar funcionando normalmente, recebendo visitantes, enquanto Juliana permanece desaparecida e sem atendimento adequado.
Segundo o relato, não há qualquer atualização sobre o estado de saúde da jovem, que segue sem acesso a água, comida ou roupas adequadas para se proteger do frio. As buscas já haviam sido interrompidas no domingo (22) devido às condições climáticas adversas, marcadas por intensa neblina que dificultava o trabalho das equipes de resgate.
Informações imprecisas do paradeiro
A família de Juliana Marins contestou informações divulgadas por autoridades da Indonésia e até pela Embaixada do Brasil em Jacarta, que afirmavam que a jovem já teria recebido suprimentos como comida, água e agasalhos.
De acordo com Mariana Marins, irmã da brasileira, essas informações não são verdadeiras e causaram ainda mais preocupação entre os familiares. Ela explicou que, até o momento, as equipes de resgate ainda não conseguiram alcançar Juliana. Segundo ela, um dos obstáculos seria a falta de cordas com comprimento adequado para acessar o local onde a jovem está, além da visibilidade extremamente baixa na região.
Mariana também denunciou que vídeos divulgados como se mostrassem o momento do resgate, foram na verdade forjados. O embaixador do Brasil na Indonésia reconheceu que inicialmente repassou informações incorretas, baseando-se em relatos imprecisos fornecidos pelas autoridades locais.