Caso Edson Davi: polícia foca na hipótese de afogamento e família acredita em sequestro

Pedro Ramos Por Pedro Ramos
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Nesta quarta-feira, dia 31, as operações de busca pelo menino desaparecido na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, alcançam o 27º dia (Fotografia: Reprodução/CNN)

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) concluiu a análise das novas imagens relacionadas ao desaparecimento de Edson Davi Almeida, de apenas seis anos, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Contrariando as expectativas da família, as autoridades afirmam que as evidências não são suficientes para desviar a atenção da principal linha de investigação, que segue a hipótese de afogamento.

As imagens, capturadas por volta das 16h47 (horário de Brasília) do último dia 4, mostram o garoto com cabelo seco na barraca do pai. A família, ao compartilhar o registro, buscava refutar a possibilidade de afogamento, sugerindo que Davi teria sido sequestrado.

A argumentação se baseia na crença de que, caso ele tivesse entrado no mar, muitas pessoas na praia teriam testemunhado o ocorrido. Em entrevista, o advogado Marcelo Shad, representante dos pais de Davi, destacou a importância de não descartar nenhuma possibilidade.

Posicionamento da polícia

No entanto, a delegada Elen Souto reiterou que o vídeo mantém a localização de Davi na praia. As câmeras foram analisadas três vezes em um raio de dois quilômetros, e tecnicamente não há indícios de que a criança tenha deixado a areia.

Todas as testemunhas ouvidas confirmaram a intenção de Davi em entrar no mar, mesmo diante das condições desfavoráveis, com três bandeiras vermelhas e uma vala na frente da barraca do pai.


No dia 4 de janeiro, a criança desapareceu na Praia da Barra, situada na Zona Oeste do Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Rádio Itatiaia)

Persistência nas buscas

O Corpo de Bombeiros, ao entrar no 27º dia de operações, mantém mergulhadores de prontidão para qualquer novo indício. A procura se estende por praias da Barra da Tijuca e do Recreio, alcançando a Restinga de Marambaia, direcionando-se para a zona oeste. Além disso, equipes estão atuando na zona sul do Rio de Janeiro, com quartéis na região oceânica de Niterói colaborando no esforço de busca.

O major Fábio Contreiras, porta-voz dos bombeiros, destacou a estratégia abrangente adotada desde o 11º dia de buscas, incorporando novas áreas na tentativa de encontrar pistas que possam levar ao paradeiro do menino.

Canais de denúncia

O Disque Denúncia, em conjunto com a Polícia Civil, solicita que qualquer informação relevante sobre o paradeiro de Edson Davi Almeida seja comunicada imediatamente por meio do número (21) 2253-1177.

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