17% dos moradores de favelas no RJ ficam sem água e luz semanalmente

Caio Sobral Por Caio Sobral
3 min de leitura

Na noite desta última quarta-feira (29), foi publicado pela CNN Brasil um levantamento realizado pela Rede Favela Sustentável. A pesquisa revela que 17% das pessoas que moram nas favelas do Rio de Janeiro ficam sem água ou luz em suas casas pelo menos duas vezes por semana. 

Levantamento

A instituição Rede Favela Sustentável realizou um levantamento em 15 comunidades diferentes na zona metropolitana do Rio de Janeiro, que revelou que mais de 270 mil pessoas pessoas que residem em tais comunidades ficam pelo menos duas vezes sem fornecimento de água e luz semanalmente. Este número de pessoas representa uma quantidade de 17% dos habitantes totais das comunidades onde a pesquisa foi executada, sendo que 69% das pessoas entrevistadas afirmaram que, se a quantia da conta de luz recebida mensalmente fosse reduzida pela metade, usariam o valor para investir em alimentação.


Rede de encanamento em comunidade (Foto: reprodução/rioonwatch)


Em uma audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o estudo “Justiça Hídrica e Energética nas Favelas” foi apresentado nesta última quarta-feira (29), apresentando informações por meio de relatos fornecidos por moradores das favelas por onde o estudo passou. Neste mesmo levantamento, 25% das pessoas entrevistadas afirmaram sentir um gosto “insalubre” na água fornecida em suas casas, além de 31% dos entrevistados dizer que são obrigados a beber água da “bica” para que possam se hidratar.

Problemas no projeto

Existe uma ação social que se chama  “Tarifa Social”, cujo cidadão que contém todos os requesitos para participar passa a pagar mensalmente o valor de R$ 22,65. Com isso, este cidadão tem direito de usufruir um consumo mínimo de 15 mil litros de água num período de 30 dias. A questão é que muitos moradores reclamaram da difculdade enfrentada para conseguir se enquadrar na ação social, afirmando que a lista de documentos necessários para acessar o benefício é complexa, extensa e que o incentivo é limitado.

Foto destaque: pessoas buscando água em comunidade do RJ (Reprodução/radarsaudefavela/Patrick Mendes)

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile