Ontem (16) a guerra na Ucrânia chegou ao seu 22°dia e, com acontecimentos que se desdobram para o possível cessar-fogo entre os dois países.
Entre os acontecimentos que marcaram essa quarta-feira (16) estão:
- Rússia exige que Ucrânia não ingresse na Otan e rejeite a proteção dos Estados Unidos e países aliados nas negociações que ocorrem entre as delegações dos dois países para um possível cessar-fogo.
- Joe Biden disse considerar Putin um “criminoso de guerra”.
- A Corte Internacional de Justiça ordenou que a Rússia suspenda as operações militares na Ucrânia.
- Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, planeja conversar com membros do parlamento alemão por vídeo nessa quinta feira (17).
- Chanceler Olaf Scholz irá receber o chefe da Otan Jens Stoltenberg para falar sobre situação no leste europeu. Em seguida, eo chefe da Otan e a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, irão realizar uma conferência de imprensa.
- Para conversar sobre as implicações políticas da guerra na Ucrânia, irá ocorrer em Paris a coletiva de imprensa da OCDE (órgão de segurança do continente europeu).
Estima-se que a guerra entre Rússia e Ucrânia que ocorre em solo ucraniano ainda possa estar apenas no começo e, já provocou centenas de mortes de civis e forçou 2 milhões de pessoas a saírem de suas casas. Dessa forma, a situação humanitária da Ucrânia tem sido alertada por várias organizações internacionais e recebido sinal de alerta.
De acordo com o professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, Kai Enno Lehmann, a guerra está “indo mal em todos os sentidos” para a Rússia. Para ele, “o país não fez progresso como se esperava, não chegou a capturar a capital Kiev, além de várias outras cidades grandes e importantes da Ucrânia e continua completamente isolada do mundo em termos políticos e econômicos”, disse, em entrevista à CNN Rádio.
Mulher chora no protesto pelo fim da Guerra entre Rússia e Ucrânia. (Reprodução/Pexels)
Em contrapartida, faz uma ressalva: “Isso não é necessariamente uma boa notícia para a Ucrânia, as próximas semanas, se não houver solução diplomática, serão piores para a Ucrânia, em termos de intensidade do conflito”. Ainda complementa, “Uma notícia ruim para Rússia não significa uma boa notícia para a Ucrânia”.
Ademais, o especialista também vê a situação do presidente russo como desconfortável. Para ele: “ele tinha reputação de ser frio e calculista, mas a guerra está indo mal para ele, se estendendo mais, perdeu homens e material, precisa de alguma coisa que possa vender para o povo russo”.
Dessa forma, é inegável que uma guerra nunca traz apenas vantagens nem mesmo para o vencedor, assim, podemos concluir que em uma guerra não há vencedores.
Foto destaque: Crianças pedem o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Reprodução/Pexels.