À espera de um novo desastre? Nível de emergência da Vale S.A causa preocupação

Mateus da Assunção Por Mateus da Assunção
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Nesta quinta-feira (13), na cidade de Ouro Preto-MG, um casarão histórico datado do século XIX foi atingido e arruinado por deslizamentos de terra. O evento decorreu de uma forte chuva que chegou ao município nesta semana e já causa preocupações em relação ao futuro da cidade.

Mesmo sem deixar feridos ou mortos, o acidente tem chamado atenção dos habitantes e autoridades pelos riscos que trouxe consigo. É o que ocorre por parte da empresa Vale S.A, protagonista de dois dos maiores desastres na história do estado mineiro (em Mariana e Brumadinho), que elevou ao número 2 o nível de emergência de sua barragem Área IX, da Mina Fábrica.

A companhia já garantiu ter dado iniciativa a fiscalizações e estudos a respeito do problema. O Estado de Minas, na publicação de Patrick Vaz, divulgou que “de acordo com a Vale, essa barragem já está desativada e faz parte do Programa de Descaracterização de Barragens da companhia.” O jornal ainda disse que a “Agência Nacional de Mineração (ANM) confirmou a informação e ressaltou que não há necessidade de evacuar a área, pois isso já ocorreu anteriormente.”


                                                                                 Casarão atingido em Ouro Preto (Foto: Reprodução/ HOJE EM DIA) 


Ouro Preto, que fica na Região Central de Minas, é conhecida por seus prédios coloniais e vocação turística. Não é difícil de imaginar que um possível desastre local marcaria não só mais um episódio de destruição, mas uma perda econômica e patrimonial inestimável, além de uma tragédia humanitária.

Em entrevista ao G1, a professora Fernanda Alves de Brito Bueno destacou:

“O que aconteceu em Ouro Preto só nos mostra a importância e a necessidade de medidas mais efetivas que protejam o nosso patrimônio. Se isso não for feito, vamos assistir outros episódios de deslizamentos e destruição de casarões antigos”.

O mesmo portal apresentou também uma pesquisa feita pelo Serviço Geológico do Brasil/CPRM que mapeou 3.006 moradores e 882 domicílios nas áreas de risco geológico.

 

Foto Destaque: Reprodução/Estado de Minas

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