Americanas demite mais de 1,4 mil funcionários em agosto

Pedro Ramos Por Pedro Ramos
3 min de leitura

Nesta manhã do dia 24, a Americanas informou que demitiu mais de 1440 funcionários entre os dias 14 e 24 de agosto. Um levantamento feito pelo O Globo, em oito meses, a varejista despediu cerca de 10 mil funcionários, representando 20% dos empregados em sua totalidade. Desde o início de 2023, a empresa já fechou 74 lojas e filiais.


Lojas americanas já fechou mais de 70 lojas e filiais. (Fotografia: Reprodução/Shutterstock)


A varejista está em processo gradual de redução, na semana passada, demitiu 1.448 funcionários e fechou 3 lojas. Na semana anterior, foram 349 demissões e o fechamento de 7 filiais. Atualmente, conta com 33.948 empregados e 1.806 lojas. Quando os desequilíbrios no balanço da empresa foram divulgados em janeiro, a Americanas possuía 1.880 filiais e 43.123 funcionários.

Durante esses oito meses de crise, o número de empregos cortados chegou a 9.697, o que representa cerca de 20% do total. Em termos percentuais, o fechamento de lojas foi significativamente menor, com 74 unidades, equivalente a aproximadamente 4% de tudo.

Em março, a direção da Americanas tinha projetado o fechamento de mais ou menos 4% das filiais para 2023. Com quatro meses restantes no ano, é provável que esse percentual seja ultrapassado.

DECLARAÇÃO DAS AMERICANAS

A assessoria das Americanas, através de uma nota, declarou que a empresa efetuou desligamentos de funcionários devido à reestruturação de certos setores em seu plano de transformação. A verejista ressalta que as taxas de demissões, em agosto, se assemelham ao mesmo período do ano passado.

As Americanas afirmam que permanece concentrada na manutenção de suas operações e na otimização da eficiência, reafirmando seu compromisso com a transparência nas relações sindicais e com o cumprimento das obrigações trabalhistas, de acordo com a legislação vigente.

RELEMBRE O CASO

Em 11 de janeiro de 2023, veio à tona a notícia do endividamento das Lojas Americanas. A revelação foi feita através de um comunicado pelo CEO da época, Sérgio Rial, que assumiu o cargo menos de um mês antes. Rial, de início, tentou se familiarizar com a nova empresa e começou a examinar os dados juntamente com o CFO da Americanas, André Covre. Identificando algumas discrepâncias, o CEO emitiu uma declaração oficial sobre o assunto e renunciou ao cargo em menos de duas semanas. Naquele dia, a única informação disponibilizada ao público era a revelação de que cerca de 20 bilhões de reais estavam ausentes do balanço patrimonial da empresa. Contudo, dias depois, a sociedade viria descobrir que o rombo era de 48 bilhões, não de 20 bilhões, como foi informado.

 

Foto destaque: Lojas americanas. (Fotografia: Reprodução/Unsplash)

Deixe um comentário

Deixe um comentário