Neste mês de junho a campanha solidária das Lojas Americanas irá ofertar para a comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, a possibilidade dos moradores fazerem compras nos supermercados sem precisar sair de casa, através do site ou aplicativo.
Após ano levando o comércio online de bens para dentro de sete favelas brasileiras, a Americanas quer repetir a campanha, mas dessa vez com alimentos e outros itens supermercados.
O projeto ocorrerá da mesma maneira que aconteceu quando iniciado em abril de 2021, também na favela de Paraisópolis. Naquela época, a Americanas realizou parceria com a empresa de logística Favela Brasil Xpress, que foi a responsável pela entrega das compras na comunidade, e também com a organização G10 Favelas para colocar as comunidades em rotas do varejo online. Antes desse projeto, muitos e-commerce não chegavam dentro das favelas por questões de segurança e os produtos sempre iam diretamente às agências dos Correios mais próximas.
Com isso, o projeto conseguiu ultrapassar uma barreira muito grande referente aos receios obtidos sobre a entrada nessas regiões.
“Os resultados superaram bastante as expectativas iniciais”, conta Marco Zolet, diretor executivo das categorias de mercado e conveniência das Americanas.
Dentro de Paraisópolis, o primeiro supermercado online a se cadastrar na plataforma online é o Brasileiríssimo. O sócio do negócio local, Daniel Cristóvão, é nascido e criado dentro da comunidade e conta que fatura cerca de R$ 200 mil por mês, e agora com o delivery, pretende faturar o dobro.
Stand da Americanas na comunidade (Foto: Reprodução/economiasp)
A Americanas iniciou com a venda de produtos de supermercado após a compra do Supermercado Now. Atualmente, 70 redes de supermercados estão cadastradas no marketplace da empresa. Com o novo projeto, eles têm como objetivo abrir oportunidades para os lojistas locais.
Essa iniciativa das Americanas consegue dar visibilidade para pessoas que durante muitos anos eram ”apagadas” da sociedade, não tendo direito sequer de realizar uma compra pela internet, pois o seu local de moradia era temido pela violência. Com a abertura desse projeto, ajudará na ampliação de negócios locais e também a oportunidade da população em aderir novos serviços.
Foto destaque: Entrega da Americanas na comunidade. Reprodução/Estadão
