Após 10 anos de prisão, Elize Matsunaga deixa penitenciária em liberdade condicional

Natália Maria Por Natália Maria
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Na última segunda-feira (30), Elize Matsunaga teve liberdade condicional confirmada, após estar presa durante 10 anos por matar seu marido. A Justiça expediu o alvará de soltura de Elize e, na tarde desta segunda, às 17h35, a Secretária de Administração Penitenciaria (SAP) cumpriu o pedido. Na companhia de seu advogado, Elize ainda permaneceu na penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier e próximo de 19h, deixou o local.

A defesa de Elize realizou o pedido do recurso para sua liberdade condicional à Jusitiça, o que foi concedido pelo Departamento Estadual de Execução Criminal da 9ª Região Administrativa Judiciária, o Deecrim de São José dos Campos. Portanto, ela irá cumprir o restante da pena em liberdade com alguns critérios a cumprir pela lei, como notificar à Justiça sobre seu endereço e ocupação regularmente.


Elize e seu marido Marcos Matsunaga em registro de viagem. (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)


Condenada por assassinar e esquartejar o próprio marido em maio de 2012, Elize Mastunaga teve a pena definida inicialmente a 19 anos e 11 meses de reclusão, mas, após a defesa recorrer sobre o tempo da pena, em 2019 o Superior Trubunal de Justiça reduziu a detenção para 16 anos e 3 meses. Elize permanecia cumprindo a pena na Penitenciaria Santa Maria Eufrásia Pelletier em Tremembé, onde também estavam detidas mulheres autoras de crimes que repercutiram, como Suzane Von Richthofen e Anna Jatobá.

Em vídeo que foi publicado pelo advogado, a bacharel em direito diz estar “muito feliz” com essa vitória: “Estou muito, muito feliz mesmo de ter vencido essa etapa, sei que teremos outras, uma nova etapa agora. Mas estou muito feliz por ter vencido, pelas pessoas que me apoiaram, pelas pessoas que compreenderam. Infelizmente não posso consertar o que passou, o que eu cometi, estou tendo uma segunda chance.”


Elize Matsunaga e seu advogado de defesa Luciano de Freitas Santoro, em vídeo divulgado após liberdade concedida. (Foto: Reprodução/Metropóles)


Elize trabalhou na prisão em regime semiaberto para poder encurtar a pena, atuando em oficinas de costura. Mantendo o bom comportamento dentro do cárcere, tinha acesso às saídas temporárias onde sempre que podia demonstrava o amor que sente a filha, que desde o crime teve a guarda designada à família paterna. Entre as saídas temporárias, participou recentemente de um documentário que relata sua versão dos fatos, referente ao crime que tomava conta da mídia nacional. Elize relata que tem planos de lançar em breve seu livro, intitulado “Piquenique no inferno”, que escreveu durante o tempo em que esteve detida na cadeia.

Foto Destaque: Elize Mastunaga. Reprodução/O Globo

 

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