Após prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, MEC diz que “Não compactua com irregularidades”

Antonio Neto Por Antonio Neto
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A Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na manhã desta quarta-feira (22/6), em Santos, pela operação “Acesso Pago” que investiga esquema de corrupção que envolve pastores evangélicos durante a gestão dele no MEC.  

Em nota, nessa quarta-feira, a pasta se posicionou sobre a prisão do ex-ministro e afirmou que irá colaborar com as investigações e “não compactua com qualquer ato irregular”, disse a pasta.  


Ex-ministro da educação, Amilton Ribeiro era alvo de investigações na Policia Federal (Foto/Reprodução: Rádio Itatiaia)


O MEC ainda afirma que irá contribuir na investigação com a Policia Federal para que a veracidade dos fatos seja esclarecida. 

No sentido de esclarecer todas as questões, o MEC reforça que continua contribuindo com os órgãos de controle para que os fatos sejam esclarecidos com a maior brevidade possível”, conclui.  

O mandado de prisão preventiva expedido contra o ex-ministro Milton Ribeiro pelo juiz federal Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, cita os crimes de corrupção passiva (2 a 12 anos), prevaricação (3 meses a 1 ano), advocacia administrativa (1 a 3 meses) e tráfico de influência (2 a 5 anos), que estão todos no Código Penal artigo 332.  

A operação da Policia Federal também cumpre outros mandados de busca e apreensão contra os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, integrantes da Assembleia de Deus que não haviam cargos na pasta. O pastor Gilmar Santos também já foi preso pela PF. 

MILTON RIBEIRO FOI TRANSFERIDO DE SÃO PAULO PARA BRASILIA  

O ex-ministro que havia sido preso hoje pela Policia Federal, (22) na cidade de Santos, no litoral Paulista, será transferido para a superintendência da PF em Brasília ainda hoje (7).  

O advogado de Ribeiro, Daniel Bialski, disse que a justiça negou o pedido da defesa para a permanência em São Paulo do ex-ministro para ficar perto de sua família. Na decisão feita pelo juiz Renato Borelli, determinou a imediata transferência do ex-ministro para Brasília. 

Em nota que foi enviada pela sua defesa a imprensa, a defesa de Milton argumentou que a prisão do ex-ministro “é injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária” e que “inexiste razão para a prisão preventiva editada”, afirma.  

PRESIDENTE BOLSONARO SE MANIFESTOU SOBRE A PRISÃO DO EX-MINISTRO  

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (22) em uma operação da Polícia Federal, vinculada com o Ministério da Educação. 

Em entrevista à Rádio Itatiaia, Bolsonaro disse que no caso de irregularidades, Ribeiro deve responder “pelos atos dele”.  

Se tem prisão, é PF, é sinal que a PF está agindo. Que ele responda pelos atos dele. Peço a Deus que não tenha problema nenhum, mas se tem problema, a PF está agindo, está investigando. É sinal que eu não interfiro na PF, porque isso vai respingar em mim, obviamente afirma.

Bolsonaro ainda ressaltou que não há como ficar sabendo tudo o que acontece em seu governo.  

Eu tenho 23 ministros, mais uma centena de secretários, mais de 20 mil cargos de comissão. Se alguém faz algo de errado, vai botar a culpa em mim? 20 mil pessoas? Logicamente, a minha responsabilidade é afastar e colaborar com a investigação”, disse o presidente.

 

Foto destaque: Ex-ministro da Educação. Reprodução/Divulgação

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