O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse na terça-feira (13), que repudia “veementemente” os atos de vandalismo praticados por bolsonaristas na noite de segunda-feira (12), em Brasília.
“As manifestações fazem parte da democracia. A capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil que, há mais de um mês, vem se expressando de maneira ordeira. Repudio veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado.”, disse, o presidente no próprio Twitter.
Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados faz um apelo, em outra postagem, para que o governo do Distrito Federal redobre a segurança. “Deixo meu apelo para o Governo do Distrito Federal redobrar os cuidados com a segurança. Nossa tradição democrática passa pela ordem e pela paz.”, pede, Lira.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Deixo meu apelo para o Governo do Distrito Federal redobrar os cuidados com a segurança. Nossa tradição democrática passa pela ordem e pela paz.</p>— Arthur Lira (@ArthurLira_) <a href=”https://twitter.com/ArthurLira_/status/1602623620131569664?ref_src=twsrc%5Etfw”>December 13, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=“utf-8″></script>
Tweet de Arthur Lira sobre os atos de vandalismo praticados na última segunda-feira (Foto: Reprodução/Twitter)
Apoiadores do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), queimaram quatro ônibus e um carro que ficaram totalmente danificados e um ônibus e dois carros apenas parcialmente na segunda-feira. Uma pessoa de 67 anos precisou de atendimento médico depois de inalar gás lacrimogêneo do ato. Ninguém foi preso na noite. As ações de vandalismo ocorreram após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar a prisão temporária do líder indígena José Acácio Serere Xavante por propor manifestações antidemocráticas em Brasília.
No mesmo dia, ocorreu a cerimônia de diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Bolsonaristas têm protestado, contra a vitória de Lula nas eleições presidenciais, acampando em frente a quartéis pedindo intervenção militar. O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, disse que, do grupo que vandalizou os veículos, uma parte também participou de um acampamento que permaneceu em frente ao Quartel General do Exército.
Nas redes sociais, alguns dos aliados à Bolsonaro rebatem sem provas as acusações, de bolsonaristas terem sido os atores do vandalismo, dizendo que foi a ação de “infiltrados”. O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, publica um tweet dizendo que o grupo “tem cara de Black Blocs, jeito de Black Blocs, fúria de Black Blocs, cheiro de Black Blocs e violência dos Black Blocs, que não existiram durante todo o governo Bolsonaro. Será coincidência ou a volta deles?“. O ex-secretário especial de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten também tuitou falando que há muitas versões do caso de segunda-feira. “Muitos ruídos, muitas versões diferentes sobre os fatos lamentáveis de Bsb ontem. Para acabar com isso, investigação imediata, câmeras de monitoramento e depoimentos na autoridade competente. Infiltrados serão imediatamente desmascarados.“, é dito na publicação.
Foto destaque: Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Reprodução/Jovem Pan