Ásia sofre com a maior temperatura dos últimos 200 anos

Eleonora Gonzalez Por Eleonora Gonzalez
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Segundo estudo feito em 2021, trabalhadores ao ar livre possuem temperatura corporal acima daquelas que trabalham em locais fechados. Assim, também estão mais propensas a risco de desidratação, e também problemas renais.

A Tailandia chegou a 45,4 graus Celsius em 15 de abril, Laos teve 43,5, dois dias em maio, o Record foi do Vietnã no inicio de maio com 44,2, feitas pelo climatologista e historiador de clima, Maximiliano Herrera.

Com essa onda de calor insuportável os trabalhadores de rua sofrem, por exemplo é Phong, 42 anos, é motoqueiro em Hanói, no Vietnã, dirige por mais de 12 horas por dia. Para amenizar seu trabalho ele utiliza chapéu, lenços de panos umedecidos e muitas garrafas de água e guarda-chuva para proteger seu telefone.


(Trânsito em Hanói, no Vietnã: pessoas que trabalham ao ar livre sofrem com o calor/Foto: Leon Ting/ Pixabay)


“Se eu sofrer com insolação, terei de parar de dirigir para me recuperar”, disse. “Mas eu não posso parar”.

Dinh diz que viu “não tem outro jeito” a não ser mudar o começo e o final do turno.

No Sudeste Asiático os meses mais quentes são em abril e maio, e segue em junho, mas neste ano extrapolaram, isso se torna perigoso, por causa da alta umidade e com as temperaturas elevadas fica difícil o resfriamento do corpo.

No calor aparecem doenças como insolação e exaustão pelo calor, tem sintomas graves e também podem ser fatais para pessoas com problemas cardíacos e renais, e os que sofrem com diabetes e as grávidas.

“Quando a umidade ao redor é muito alta, o corpo continua suando para tentar liberar a umidade e se esfriar, mas, como o suor não evapora, ele acaba levando à desidratação grave. Em casos agudos, isso pode levar a insolação e morte”, explicou Mariam Zachariah, pesquisadora associada de análise em tempo real de eventos extremos relacionados às mudanças climáticas da iniciativa World Weather Attribution do Imperial College London.

A sensação térmica é uma medida que representa o calor percebido pelo corpo humano, levando em consideração não apenas a temperatura do ar, mas também a umidade e o efeito de resfriamento causado pelo vento.

De acordo com o Objetivo 13 da Agenda 2030 da ONU, que visa combater a mudança global do clima, os edifícios são responsáveis por aproximadamente 30% das emissões de gases de efeito estufa. É extremamente necessário alcançar metas relacionadas a essa questão até o ano de 2030.

Foto destaque: Pôr do sol em Bangkok visto das margens do Rio Chao Phraya | Foto: Bruno.

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