Os casos diagnosticados como varíola dos macacos vêm aumentando gradativamente ao redor do país, sendo a concentração dos casos na capital paulista. De acordo com os dados do Ministério da Saúde divulgados no último sábado (6), São Paulo apresenta 1.501 casos confirmados. Por conta da alta do contágio as pessoas se preocupam cada vez mais, e o nome da doença associada ao macaco tem gerado manifestações de agressão contra esses animais pelos humanos.
A transmissão da chamada varíola dos macacos ocorre de pessoa para pessoa. Segundo especialistas, seja por contato pele a pele com as lesões, por relações sexuais, proximidade com pessoas infectadas, por gotículas, abraços e contato com objetos contaminados pelo vírus. A denominação da doença – Monkeypox- se deve pelo fato dos primeiros casos da manifestação do vírus serem descobertos em macacos de laboratório no ano de 1958.
Macaco resgatado com sinais de intoxicação na área rural de Mata dos Macacos (SP) (Foto: reprodução/CNN Brasil)
Erroneamente as pessoas imaginam que por conta disso a doença seja transmitida pelos animais, o que não é o caso, já confirmado pelos cientistas. O virologista da Faculdade de Medicina de Rio Preto, Mauricio Nogueira, afirma ao G1 que não há evidências de transmissão entre os macacos em território brasileiro, “ O que nós estamos vendo no Brasil e o que nós estamos vendo na Europa, nos Estados Unidos, é uma transmissão entre pessoas; pessoas que estão doentes e estão transmitindo por contato próximo para outras pessoas. Não existe nenhuma evidência da circulação do vírus da varíola de macacos em macacos no Brasil. Não há necessidade de ocorrer pânico, não há necessidade de evitar os macacos brasileiros, os macacos das Américas, que não são hospedeiros, não estão carregando esse vírus, e não estão transmitindo esse vírus”.
A alta dos casos da monkeypox resultou também em altas denúncias de ataques aos macacos que vivem em parques os pelas ruas. Em São José do Rio Preto (SP), foram resgatados três macacos com sinais de intoxicação na área rural de Mata dos Macacos, na quarta feira (3), e foram achados mais cinco, já mortos. Já na região de Rio Preto, num período de sete dias, oito macacos foram resgatados, entre eles, um morto. Os animais apresentavam sintomas de intoxicação e foram designados para as equipes da Polícia Ambiental. Os locais onde possuem mata aberta e área urbanas com presença desses animais receberam uma maior fiscalização da polícia ambiental na intenção de extinguir esses ataques.
Foto destaque: Macaco em área verde. Foto: reprodução/CicloVivo