Atual presidente da Petrobras se reúne com representantes do governo para discutir políticas de preços do combustível

Giovana Sedano Por Giovana Sedano
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A aprovação nesta segunda-feira, pelo Senado Federal, do projeto que cria um teto de 17% para o ICMS de combustíveis, energia, telecomunicações e transporte público amplia as chances de que o governo emplaque um grande pacote para tentar segurar os preços sobretudo de gasolina e diesel neste ano eleitoral. A alta inflação é uma das principais preocupações que rodeiam o atual presidente, pois como a economia do país é um ponto decisivo para os eleitores, ela pode dificultar a sua reeleição.  

O governo tem como nova estratégia pressionar alguns dos conselheiros atuais a se demitirem de seus cargos, já que não obtiveram sucesso com o atual presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, que deveria renunciar e, com isso, acelerar a mudança de comando estatal determinada por Bolsonaro. 


Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)


Na lista de intenções do governo estariam prioritariamente os nomes dos conselheiros Marcio Weber e Ruy Flasks, entretanto, os dois, que são indicados pelo próprio governo, vêm lutando fortemente contra a ideia de renunciar aos seus cargos. Weber é o atual presidente do Conselho de Administração da estatal e Flasks é ainda presidente do Conselho de Administração da Eletrobras. Ao mesmo tempo, o conselheiro José Abdalla, indicado pelos acionistas minoritários donos de ações ordinárias (ON, com direito a voto), vem afirmando que ”poderia colaboras para estancar a sangria”.

O governo federal agora tenta aprovar um projeto de lei e mais duas PECs (Proposta de Emenda à Constituição), que prometem reduzir os tributos estatais assegurando os preços da gasolina, diesel e botijão de gás. Essa decisão deve ser tomada ainda essa semana, em um das reuniões entre os conselheiros e os ministérios da Economia e de Minas e Energia.

Porém, a renúncia de algum conselheiro atual não vai retirar a necessidade de convocar uma assembleia geral de acionistas, já que oito conselheiros foram eleitos via sistema de voto múltiplo (conjunto) na última assembleia. Então, na prática, se um conselheiro renunciar, todos os outros sete conselheiros caem juntos. 

 

Foto Destaque: EDU GARCIA/R7 

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