O Parque Doutor Fernando Costa, conhecido como Parque da Água Branca, situado na zona leste de São Paulo, fará o isolamento dos animais por ocasião da grive aviária, a influenza H5N1. A medida tomada pela administração do parque visa prevenir e proteger os animais que estão no parque da gripe. A concessionária Reserva Parques emitiu comunicado através de nota, enviada ao jornalismo da BandNewsFM, onde diz que patos, galinhas, galos, gansos, pavões, além de outros bichos, serão levados para o Espaço Zootécnico, durante esta semana.
Ainda segundo a administração do Parque Doutor Fernando (Água Branca), as áreas para as quais serão encaminhados todos os animais passaram por reformas e assim garantirão segurança e bem-estar aos bichos. Mesmo com medidas, a administração ainda recomenda que visitantes não poderão interagir e alimentar os animais, uma vez que não se pode colocar em risco a saúde dos bichos. No entanto, o espaço seguirá aberto e seguirá dentro das normalidades às visitações. administradores do parque disseram ainda que todas as medidas preventivas são recomendações provenientes do Ministério da Agricultura e Pecuária, depois de ter sido confirmada a gripe aviária no Brasil.
Ave suspeita de ter morrido de gripe aviária (Foto: Reprodução/Pixabay)
Afinal, o que é a gripe aviária?
O vírus causador da grive aviária, o H5N1, tem potencial de causar uma pandemia. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda que seja monitorado de forma rigorosa. O vírus já matou milhões de aves silvestres e domésticas no mundo, além de milhares de mamíferos marinhos, como no Chile. Há poucos casos em seres humanos. Neles, o risco é considerado ainda baixo, uma vez que o H5N1 não se transmite de uma pessoa para outra, mas por contato diretamente com aves mortas ou doentes. O risco de transmissão, mesmo assim, é considerado pequeno. No entanto, a doença é letal e é necessário muito cuidado.
O vírus H5N1 é considerado pandêmico, já que pode sofrer alguma alteração, tornando-o mais transmissível a seres humanos. Por ser transmitido através de vias respiratórias, o potencial dele é explosivo, o que pode causar uma pandemia de gripe aviária. As vacinas desenvolvidas não protegem contra a gripe aviária, porém são eficientes quando o assunto é evitar a circulação do vírus.
Para as aves, há um imunizante. No entanto, o Ministério da Agricultura e da Pecuária (Mapa) não considera vacinar as granjas devido ao fato de que a circulação do vírus H5N1 não é tão expressiva. A pasta disse ainda que a vacina nas granjas dificultaria a detecção da entrada do vírus nas criações, uma vez que todas as aves teriam anticorpos. Assim sendo, dificultaria a diferenciação entre animais expostos ao vírus daqueles já vacinados. Em aves selvagens, a mesma vacina aplicada às granjas, poderia também ser usada, porém sua aplicação em animais de vida livre é inviável, segundo a pasta.
Foto Destaque: Parque da Água Branca. Reprodução/Governo de São Paulo