A entrada da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, localizada na rua XV de novembro, no centro da capital paulista, recebeu nesta terça-feira(16) um novo elemento que irá destacar ainda mais um dos prédios financeiros mais importantes do país: Um touro dourado, com peso de uma tonelada, com 5 metros de comprimento e 3 de altura, do autor, arquiteto e artista plástico Rafael Brancatelli.
O financiamento da escultura foi em parceria da B3 com o economista e educador financeiro Pablo Spyer, que idealizou o projeto. Sobre a inspiração ter partido do Charging Bull, o mais conhecido touro de bronze situado na Bolsa de Valores em Nova York, nos Estados Unidos, idealizado pelo escultor italiano Arturo Di Modica em 1989, tanto a B3 quanto Rafael negam tal inspiração.
De acordo com Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3, “Temos compromisso com o centro de São Paulo e por isso escolhemos colocar o touro em frente à B3. Ele não é inspirado no touro de Nova York, mas sim na metáfora touro versus urso, tradicional no mercado financeiro. Nós escolhemos a figura porque a associamos à resiliência do investidor e do brasileiro”
Bolsa de Valores de São Paulo, no coração financeiro da capital paulista. (Foto: Reprodução/ pt.dreamstime.com)
Para quem transita no mercado de ações, a figura do touro metaforicamente representa as ações em subida, em referência ao movimento de ataque do animal, de baixo para cima. Em contrapartida, a figura do urso, que ataca de cima para baixo, representa o mercado de ações em baixa.
Para a B3, a escultura representa a marca de mais de 4 milhões de pessoas físicas acionistas que investem no mercado financeiro, sendo um recorde para o país.
A estrutura metálica interna da estátua é feita com fibra de vidro e pintura anticorrosiva.
Rafael Brancatelli, criador da estátua, disse que o projeto nasceu no início da pandemia da Covid-19. De acordo com o artista: “Pensei em algo que pudesse fomentar o turismo na região central, fosse um presente para a cidade e representasse a resiliência do mercado financeiro. Fiz o design em três meses e a construção da obra em seis com a ideia de que o traçado fosse original, que não fosse a cópia de nenhum outro touro. Ele tem um traçado mais brasileiro, com uma corcova, por exemplo”. Esta é a primeira obra exposta sem prazo de retirada de Rafael.
Foto destaque: Reprodução/exame.com