Bill Cosby, ex-ator e comediante estadunidense foi acusado, mais uma vez, de drogar e estuprar uma modelo da Playboy em 1969. Desde 2014, mais de 60 mulheres apresentaram acusações de agressão sexual, assédio sexual e estupro contra o comediante.
Cosby está enfrentando novas acusações de agressão sexual. Uma mulher deu início a uma ação contra o comediante, alegando que ele a drogou e a estuprou dentro de sua casa, em 1969.
Bill Cosby. Foto: Reprodução/getty images.
De acordo com o site ET Online, o processo, movido pela ex-modelo da Playboy Victoria Valentino, que atualmente está com 80 anos de idade, foi aberto na última quinta-feira (1), sob uma recente lei do estado da Califórnia, que suspendeu o estatuto de limitações quando se trata de acusações de abuso sexual, mais conhecida como “lei retrospectiva”.
A ex-modelo afirma na acusação que Cosby a abordou em um café após vê-la chorando pelo afogamento de seu filho de 6 anos. Ela alega que, na ocasião, o comediante a convidou para ir a um tratamento de SPA, e deu a ela e à suas amigas, comprimidos quando todos estavam jantando juntos, com a justificativa de que isso as faria “se sentir melhor”.
Segundo a Associated Press, Victoria conta, no processo, que o ex-ator decidiu levá-las para casa e ela desmaiou no percurso. Em seguida, ao acordar, viu que Cosby estava estuprando sua amiga e, logo após, foi forçada a ter relações sexuais com ele também; no momento, a ex-modelo não conseguiu resistir ou se defender por conta dos efeitos da droga consumida durante o jantar.
O comediante nega as acusações
O representante de Bill, Andrew Wyatt, divulgou um comunicado na mídia negando as acusações apresentadas por Victoria, afirmando que o processo foi aberto “sem qualquer prova ou fato”. Ele também condenou o que chamou de leis de “janela retrospectiva”, frisando que elas são “uma violação absoluta de todos os direitos constitucionais americanos”.
A ação ocorre quase um ano depois que um júri, em julgamento civil, descobriu que Cosby era responsável por abusar sexualmente de uma garota de 16 anos na Mansão Playboy em 1975.
Desde 2014, o comediante foi acusado de agressão sexual, assédio sexual e estupro por mais de 60 mulheres. Cosby foi uma das primeiras celebridades a enfrentar legalmente as consequências em meio ao movimento #MeToo.
Processos penais e prisão
Bill Cosby esteve preso entre setembro de 2018 e junho de 2021, pela condenação de agressão sexual, com uma sentença de 3 a 10 anos de prisão. O comediante foi acusado de drogar e agredir sexualmente Andrea Constand, uma ex-funcionária da universidade em que estudou, em 2004. O caso de Andrea teve sua condenação anulada, fazendo com o Cosby fosse liberado da prisão.
Durante o julgamento, a Suprema Corte da Pensilvânia afirmou que a decisão de usar as declarações de Bill de um depoimento anterior tenha sido o responsável por privar o ator de seus direitos da Quinta Emenda. O comediante, conforme afirmações do Tribunal, havia sido submetido a “uma isca e troca coercitiva inconstitucional”, que foi caracterizado como uma “violação do devido processo”. A decisão do tribunal superior também impediu o promotor no momento de apresentar as acusações criminais.
No início de 2023, o ator foi considerado culpado por um júri da Califórnia, nos EUA, em um caso de abuso sexual de uma adolescente nos anos 70.
Bill foi acusado por mais de outras 60 mulheres decorrentes de abusos sexuais ocorridos entre 1960 e 2000. Penetração sexual sem consentimento, penetração após o fornecimento de entorpecentes e penetração enquanto a vítima está desacordada também são crimes cometidos pelo ator.
Foto destaque: Bill Cosby. Foto: Reprodução/ Matt Slocum/AP.
