Bolsonaristas foram considerados sem-teto em censo na cidade do Rio de Janeiro

Rafael Casemiro Por Rafael Casemiro
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Os apoiadores do ex-Presidente Jair Bolsonaro (PL) que saíram de suas residências para incentivar um golpe militar, acampando na frente do QG do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro foram contabilizados no censo municipal de moradores de rua em 2022, que totalizou 7.865 pessoas.

O acampamento, que se desmanchou em janeiro com a posse de Lula, recebeu uma classificação dos recenseadores, semelhante a pessoas desabrigadas. A prefeitura do Rio de Janeiro classifica como sem-teto aqueles que declararem terem dormido em vias públicas nos últimos sete dias. Alguns adeptos ao golpe permaneceram três meses acampados.

Para efeito de causa, o censo não levou em consideração as 60 barracas que serviam de apoio para os bolsonaristas, após o final do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado. Porém, o caso constou no relatório como “um episódio imprevisto diante dos critérios adotados na abordagem.”

Além de situações ridículas como ser classificados como indigentes, os bolsonaristas também fizeram parte de algumas ações criminosas enquanto estavam acampados em frente aos quartéis. Um relatório publicado pela Polícia Federal em janeiro, evidenciou 73 ocorrências policiais, somente no acampamento no QG do Comando Militar.


Gráfico separando os grupos de incidência criminal. Reprodução/Relatório Intervenção Federal


No documento da PF, consta ainda, crimes que aconteceram nos arredores do acampamento, como pixação, e depredação de prédios públicos. O episódio de vandalismo aconteceu no dia 12 de dezembro, quando a Polícia Federal prendeu José Serere Xavante. No dia, os golpistas queimaram carros e ônibus e tentaram invadir a sede da PF. Apesar do cenário de guerra, a polícia militar não efetuou nenhuma prisão durante os ataques.

Outro caso que aconteceu nos arredores do acampamento foi a tentativa de um caminhão tanque em frente ao aeroporto de Brasília.

O Ex comandante da PMDF, Jorge Eduardo Naime, relatou em CPI que foram registrados casos de estupro e tráfico de drogas em alguns acampamentos em Brasília.

Foto destque: Eduardo Rodrigues/Agência Pixel Press/Estadão Conteúdo

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