Bolsonaro afirma que o Brasil “não teve nenhum problema social” durante a pandemia

Camila Rodrigues Por Camila Rodrigues
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (19) que o Brasil não teve “nenhum problema social” durante a pandemia de covid-19 porque o governo federal acolheu os mais vulneráveis. A declaração foi dada no Congresso no Mercado Global de Carbono, no Rio de Janeiro. Durante o discurso, o presidente defendeu ações do governo sobre o andamento da economia na situação de crise mundial, motivada, principalmente, pela pandemia e guerra na Ucrânia. 

“Os mais humildes foram obrigados a ficar em casa (na pandemia), perdendo toda a sua renda. Não tivemos nenhum problema social no Brasil porque nós acolhemos essas pessoas. Estamos voltando à normalidade”, pontuou Bolsonaro. 
O chefe do Executivo voltou a lamentar que a condução da crise sanitária foi tirada de sua mesa presidencial, mas que o país “fez sua parte”.


No início da pandemia no Brasil, Bolsonaro afirmou que não seria uma “gripezinha” que o derrubaria depois de ter sido esfaqueado em 2018. (Reprodução/Correio Braziliense)


Em seu discurso, o presidente voltou a criticar o isolamento social feito durante a pandemia, chamado por ele de “política do fique em casa”. “Talvez (eu fui) digo talvez, o único chefe de Estado do mundo que não aceitou o ‘fique em casa e a economia a gente vê depois’. Mas o Brasil fez sua parte, colaborando com estados e municípios”, disse ele, mas sem citar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que designou a estados e municípios decidirem sobre isolamento social, quarentena, interdição de atividades e serviços essenciais e restrição de locomoção. Na época, o governo federal queria centralizar tais medidas.

Em sua fala, Bolsonaro voltou a reconhecer o avanço da inflação no Brasil, mas defendeu que o fenômeno ocorre em todo mundo. Segundo ele, a alta dos preços dos alimentos se deve a fatores como o isolamento social adotado na pandemia e a guerra na Ucrânia. Em abril, por exemplo, o índice fechou em 1,06%, a maior alta desde 1996 para o mês. No acumulado de 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue com dois dígitos, 12,13%.

 

Foto destaque: Atuação de Bolsonaro durante a pandemia, foi muito criticada por eleitores. Reprodução/Blogs.

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