Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (12) revelou que 58% dos eleitores de direita afirmam estar abertos a apoiar lideranças políticas que não estejam alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O levantamento foi encomendado pelo grupo de análise de dados políticos Atlas Político.
Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Google)
A pesquisa também mostrou que 54% dos entrevistados que se identificam como eleitores de Bolsonaro disseram estar dispostos a votar em outros candidatos que não sigam a mesma linha ideológica do presidente e candidato à reeleição nas eleições de 2022. Por outro lado, 38% dos eleitores afirmaram que só apoiariam políticos que estejam alinhados a Bolsonaro, independentemente de outras considerações.
A pesquisa ouviu mais de quatro mil pessoas em todo o país e foi realizada entre os dias 11 e 13 de julho. Além de perguntas sobre as eleições de 2022, os entrevistados também foram questionados sobre a avaliação do governo Bolsonaro. Segundo o levantamento, 28% dos eleitores de direita acreditam que o governo é “ótimo”, enquanto 25% afirmam que é ruim ou péssimo.
Para os analistas políticos, os resultados da pesquisa indicam que a polarização política atual no Brasil tem limites e que existe espaço para o surgimento de novas lideranças no cenário político. No entanto, eles alertam que a construção de uma base eleitoral sólida depende do desenvolvimento de um projeto político claro e consistente.
O Atlas Político é um grupo de análise de dados que trabalha com pesquisas de opinião e monitoramento do cenário político em todo o país. A empresa é conhecida por ter acertado as previsões das eleições de 2018 com grande precisão. A pesquisa divulgada nesta quinta-feira foi realizada com o objetivo de avaliar a percepção dos eleitores em relação ao cenário político atual e às eleições de 2022, onde teve uma grande disputa do cargo político entre o candidato Jair Messias Bolsonaro e Luís Inácio Lula da Silva.
Foto Destaque: O ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato. Reprodução/Isac Nóbrega/PR/Divulgação/VEJA