Bombardeio a usina nuclear Zaporizhzhia aumenta tensão entre Rússia e Ucrânia

Alexandre Muniz Por Alexandre Muniz
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Terça feira, dia 6 de setembro, uma possível catástrofe nuclear advinda dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, se formou quando a usina nuclear de Zaporizhzhia, em território ucraniano, foi bombardeada por misseis de longo alcance.

Prontamente as capitais, Moscou e Kiev, se acusaram pelo atentado e tentativa de afundar o continente Europeu num desastre nuclear. As acusações de ataques a região de Enerhodar, sul da Ucrânia, e áreas vizinhas vêm ganhando as notícias já faz algumas semanas.

Ambos os países aguardam os relatórios desta terça feira, da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um órgão das Nações Unidas (ONU), para analisar a apuração dos danos causados a usina, até lá não é possível afirmar se seus posicionamentos mudarão.


Soldado russo armado nos muros de Zaporizhzhia (Foto: Reprodução/Alexander Machenko)


Zaporizhzhia está sobre controle russo desde a invasão da Ucrânia, no início de março, mas na semana passada foi alvo de uma operação de monitoramento do AIEA. Devido aos acontecimentos, o chefe do órgão governamental, Rafael Grossi, manteve agentes até o momento no local, enquanto pretende, ainda hoje, apresentar os dados de descoberta ao Conselho de Segurança da ONU, em Nova York.

Grossi reforça ainda que a integridade física da infraestrutura foi violada em diversas ocasiões, fazendo assim necessário, estabelecer permanentemente na região dois dos seis especialistas que o acompanharam na missão. O relatório será publicado somente um dia após o desligamento do último reator da usina.

Representantes da agência nuclear da ONU frisaram a necessidade urgente, de cessarem imediatamente os confrontos nas proximidades de Zaporizhzhia, criando um perímetro de segurança ao seu redor, porque os conflitos estão insustentáveis no local.

Enquanto a Rússia deu declarações que um ataque a suas próprias forças militares seria ilógico, publicando imagens de três projeteis que teriam atingido a usina na noite anterior, Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, declarou que, ao atacar a instalação, Moscou revelou não se importar com os relatórios do AIEA.

Foto destaque: Zaporizhzhia, maior usina nuclear da Europa, localizada na Ucrânia. Reprodução/Alexander Ermochenko.

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