Boris Johnson fala em ”maremoto” da variante ômicron e promete doses de reforço

Leo Costa Por Leo Costa
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A variante da covid-19, ômicron, é motivo de preocupação máxima no Reino Unido. O ministro da Saúde alega que a variante responde por cerca de 40% das infecções em Londres. O primeiro-ministro Boris Johnson fala em ”maremoto” da ômicron e já promete doses de reforço para todos os adultos até o fim deste ano. Foi afirmado nesta segunda, 13, que a variante está se espalhando no país a um ”ritmo fenomenal”, e que a população deve receber a dose de reforço urgentemente.

O governo afirmou, também, que se não forem adotadas medidas de contenção, um milhão de pessoas poderão ser infectadas pela nova variante até o fim deste mês.

Apenas no domingo, mais de 1.000 casos da ômicron foram confirmados no país, elevando o total detectado para mais de 3.000, ficando com 65% a mais que os acumulados no dia anterior. Os primeiros casos da variante no país foram detectados em 27 de novembro.

“O que sabemos sobre a ômicron é que ela está se espalhando a um ritmo fenomenal, algo que nunca vimos antes, as infecções [pela variante] estão dobrando a cada dois ou três dias. Isso significa que estamos diante de um maremoto de infecções, estamos novamente numa corrida entre a vacina e o vírus”, explica o ministro da Saúde britânico, Sajid Javid.


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Londres passa por uma nova onde devido à variante. (Foto: Reprodução/Alberto Pezzali/AP)


Cientistas já afirmaram que essa variante consegue infectar pessoas que receberam as duas doses da vacina, além de ser muito mais transmissível.

Na última sexta-feira, dados preliminares apontam que a eficácia da vacina contra infecções sintomáticas é, significativamente, menor contra a ômicron para quem recebeu as duas doses, porém uma terceira dose de ambas as vacinas usadas no país (Pfizer e Moderna) pode aumentar a proteção para mais de 70%.

O ministro também afirmou que a variante, provavelmente, é o motivo das infecções em Londres, mesmo que nenhuma morte tenha sido confirmada e apenas dez pessoas foram hospitalizadas em decorrência da ômicron.

“Mesmo quando um vírus é ameno, uma pequena porcentagem de pessoas de um grande número [de infectados] ainda pode equivaler a um número elevado de hospitalizações”, diz Javid.

“Duas doses não são suficientes, mas três doses ainda oferecem excelente proteção contra infecções sintomáticas”, completou.


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Primeiro-ministro Boris Johnson recomenda a população tomar a dose de reforço. (Foto: Reprodução/R7/JEREMY SELWYN / POOL / AFP)


Após os especialistas do governo elevarem o nível de alerta para 4, uma escala de 5, Boris Johnson disse em um pronunciamento no domingo que o programa de aplicação de doses de reforço deve ser acelerado.

“Sabemos, a partir de uma experiência amarga, como essas curvas exponenciais de desenvolvem”, afirmou.

Boris recomendou que as pessoas deveriam se apressar para receber a dose de reforço e proteger ”nossas liberdades e nosso modo de vida”, afirmando que o sistema de saúde pode ter dificuldades de lidar com as hospitalizações caso a variante se espalhasse por uma população apenas duplamente imunizada.

“Todos com mais de 18 anos aptos a serem vacinados na Inglaterra terão a chance de receber a dose de reforço antes do Ano Novo”, disse o primeiro-ministro.

Pessoas maiores de 18 anos poderão receber a terceira dose a partir desta semana, contanto que ao menos noventa dias tenham se passado desde a segunda. Equipes militares serão acionadas e novos locais de vacinação serão abertos como uma forma de acelerar a imunização.

Na Escócia, a mesma meta foi estabelecida de oferecer a todos os adultos a dose de reforço até o fim do ano. A Irlanda do Norte também afirmou que vai acelerar seu programa de imunização.

Conforme diz a BBC, a meta anunciada por Boris não significa que todos os adultos receberão uma dose de reforço até o fim de 2021, mas que terão a oportunidade de agendar a aplicação.

O premiê pediu às pessoas que trabalhassem de casa, se possível, a partir desta segunda, 13, e determinou a obrigatoriedade de máscara em grande parte dos locais públicos fechados.

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Junto a essa medida, o certificado de vacinação, ou um teste negativo para covid-19, será obrigatório para entrar nas casas noturnas e grandes eventos a partir desta quarta, 15, se o Parlamento aprovar a medida.

Foto Destaque: Reprodução/Istoé/Deutsche Welle

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