Brasil celebra o 1º Dia dos Povos Indígenas após mudança na legislação

Erick Mata Por Erick Mata
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Essa foi uma das falas de Márcia Mura, Doutora em História Social pela USP em entrevista ao portal  de notícias g1: “Não temos o que comemorar, porque ainda precisamos reivindicar e pautar nossas lutas. Lutamos todos os dias pelo nosso território, pela nossa cultura e pelo direito de viver como vivemos, quando existe uma sociedade que está nos matando pouco a pouco”.

Neste 19 de abril é o “Dia dos Povos Indígenas” e não mais o “Dia do Índio”, como de tradição que foi ensinado para a sociedade nas escolas, vale lembrar que essa alteração de nomenclatura não é um simbólo. Desde de sempre os povos originários ainda arcam com desafios em suas lutas pela sobrevivência em busca da preservação ambiental de seus territórios e culturas ancestrais. Márcia Mura também enfatiza que é dia de reivindicação, valorizando a importância de reconhecer e refletir sobre a riqueza e diversidade dos povos indígenas, respeitando e reconhecer suas lutas e os apoiando pela justiça social, e respeito aos direitos humanos.


(Márcia Mura) Doutora em História Social pela USP , Foto: Reprodução/Portal Catarinas


Além disso, muitos povos de civilizações indígenas enfrentam a extinsão de apagamento de suas línguas oriundas, culturas e memórias desde a chegada dos colonizadores, desafios como o desmatamento e apropriação de garimpo ilegal, que atinge alguns territórios de forma desvastadora. Segundo informações obtidas pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de alertas sobre o desmatamento sem autorização na região em 2022 foi de 10.267 km², uma péssima marca de série histórica anual do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real do instituto, o Deter.

A conversão se oficializou em julho de 2022, com a aprovação da Lei 14.402, atendendo a uma antiga demanda dos ativistas das causas indígenas.

O termo que  utilizado, “Dia do Índio”, que era considerado ofensivo e pejorativo por ser preconceituoso e amador; além de não representar a diversidade de todas etnias.  A mudança na nomenclatura é só um primeiro passo, mas é necessário um compromisso contínuo para a construção da sociedade.

Foto destaque: Povos Indígenas. Reprodução/Google.

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