Na última sexta-feira (1), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou dados que apontaram um recorde no número de exportações de carne bovina do Brasil. De acordo com o órgão, o País mandou para fora 187 mil toneladas do produto. A conta supera os dados do último maior volume de exportações, de agosto, que apontou 181,6 mil.
O quantitativo de exportações foi alcançado mesmo em um momento difícil e de dúvidas do Brasil, em que o País sofreu com embargos vindos da China. Os asiáticos realizaram um período de suspensão de compras da carne brasileira, após a constatação de dois casos da doença chamada de “mal da vaca louca”, nos estados de Mato Grosso e em Minas Gerais. Mesmo após esta obstrução chinesa imposta em 4 de setembro, lotes que já estavam prontos para envio no porto foram enviados – o que ajudou nos números.
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No comparativo anual do Governo Federal, os números registrados compreendem um aumento de 30% nas exportações de proteína. Estes dados avalizam uma leva positiva de exportações do Brasil, que se deu nas últimas semanas.
“O que a gente conseguiu apurar em relação à carne, o que havia sido certificado até o dia da notificação [da China] continuou o processo de exportação. Não houve interrupção, o que estava contratado, já estava no porto, continuou o fluxo”, contou o coordenador-geral de Estatísticas do Ministério da Economia, Saulo Castro.
Herlon Brandão, subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, também falou sobre os dados de exportação. Ele afirma que um do pontos que favoreceram o pico nas taxas de exportação foi o estoque de carnes no porto e também um atraso de oito dias na contabilização dos dados de embarque.
“Usamos o momento em que o transportador declara que embarcou a mercadoria… isso pode acontecer até oito dias em relação ao que foi realmente. Ele (o exportador) tem oito dias pra declarar que a mercadoria foi colocada dentro do navio”, declarou Herlon Brandão.
Foto de destaque: Pixnio