Brasileiras presas injustamente na Alemanha relatam infecção

Thaís Monteiro Por Thaís Monteiro
7 min de leitura
As brasileiras que foram presas na Alemanha por 38 dias sob acusação de tráfico internacional de drogas após terem as malas trocadas por bagagens com droga relataram que voltaram ao Brasil com uma infecção bacteriana pelo uso coletivo de roupas no presídio.

“Voltamos com uma infecção bacteriana na pele que […] se deu em função do uso coletivo de roupas e calcinhas. (SIM, ERA TUDO DE USO COLETIVO). Mais um problema daquela prisão arbitrária e injusta. Mas vamos superar”, escreveu a personal trainer Kátyna em uma postagem em seu perfil de rede social, ela também postou um desenho ilustrando como era o presidio que ficaram.


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As goianas Jeanne Paollini e Kátyna Baía, foram presas em Frankfurt, na Alemanha no dia 5 de março passaram 38 dias na prisão,  após terem as etiquetas das bagagens trocadas ainda no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, as etiquetas foram colocadas em malas que continham 40 quilos de cocaína, as duas foram detidas quando chegaram em território alemão.

 A Polícia enviou as provas da inocência das duas mulheres à polícia alemã, e elas foram soltas no último dia 11. De acordo com uma apuração da polícia federal, as duas goianas saíram do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), realizando uma escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), nisso a troca foi feita por uma quadrilha que realiza tráfico internacional de drogas que opera dentro do Aeroporto de Guarulhos que retirou as etiquetas da bagagem despachada e as colocou nas bagagens que carregavam as drogas.

Ao chegarem ao Brasil as duas relataram que foram maltradas pela polícia alemã:

“Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando já por 38 dias por um crime que não nos pertence. Se fôssemos cumprir o que a legislação de lá ordenava, iríamos ficar em média 15 anos, perdendo 15 anos da nossa vida e talvez não veríamos os nossos pais mais, os nossos amigos, a nossa pátria amada”, desabafou.

Jeanne fez um agradecimento aos órgãos de segurança brasileiros que conseguiram provas, com rapidez, que comprovaram a inocência das duas.

“Nós gostaríamos de fazer um agradecimento aqui a todos os envolvidos, que trabalharam juntos para mandar todas as provas pra polícia alemã, ao governo alemão. Nós sabemos que o envio desses vídeos foi fundamental para a nossa liberdade. Sem eles, provavelmente, nós iríamos pagar por um crime que nós não cometemos”, afirmou.

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