Brasileiras que tiveram malas trocadas são consideradas inocentes

Ana Clara Zingra Por Ana Clara Zingra
3 min de leitura

As investigações contra duas brasileiras presas na Alemanha após terem suas malas trocadas foram encerradas pela justiça alemã. Jeanne Paolini e Kátyna Baía ficaram detidas em Frankfurt durante 38 dias em 2023. O casal teve suas bagagens trocadas por malas com drogas, que foram identificadas no aeroporto da cidade. Mesmo com o fim da prisão em abril, as investigações continuaram durante oito meses. 

 

Inocentes

Segundo o Ministério Público da Alemanha, o processo foi concluído. As advogadas responsáveis pelo caso, Chayanne Kuss e Luna Provázio, confirmaram que o casal foi absolvido, considerado inocente dos crimes. 

Com o fim das investigações e a decisão final da justiça alemã, a equipe jurídica das brasileiras entrará com um processo solicitando indenizações pelo tempo que ficaram detidas. De acordo com Kuss, a lei alemã prevê que uma pessoa presa injustamente pode ser indenizada com um valor referente a 75 euros por dia de prisão. O casal teria, então, 2.850 euros a receber, um valor que corresponde a R$15,3 mil. 

A advogada também revela que, além desse valor, serão ajuizadas ações civis, que visam ressarcir os danos morais e financeiros sofridos pelas mulheres. A profissional ainda não possui uma estimativa do valor total a ser solicitado, mas diz que ele deve cobrir os custos da viagem que as brasileiras não puderam usufruir por conta da prisão.


Processo encerrado pela justiça alemã

Publicação feita nas redes sociais pela advogada Luna Provázio (Foto: reprodução/Instagram/@lunaprovazio)


O caso

As brasileiras foram presas em março de 2023, após cocaína ter sido identificada em suas malas no aeroporto de Frankfurt. No entanto, as bagagens haviam sido trocadas e estavam com as etiquetas das passageiras. 

Na época, a justiça brasileira se pronunciou, afirmando que, de acordo com as evidências, o casal não estava envolvido no tráfico da droga. 

Após serem liberadas, as mulheres relataram momentos de dor e sofrimento. Segundo elas, o contato com a família era raro e Kátyna não pôde fazer seu tratamento para ansiedade durante a fase, pois seus remédios haviam ficado em sua bagagem de mão. 

As investigações do caso descobriram um esquema de tráfico de drogas onde uma quadrilha enviou cerca de 40 quilos de cocaína para a Alemanha através das malas de passageiros, trocando as bagagens e usando as etiquetas originais.

 

Foto destaque: Kátyna Baía e Jeanne Paolini (Reprodução/Instagram/@katyna.baia)

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile