A atriz Cacau Protásio processou o governo, após ser vítima de racismo e gordofobia por um agente do corpo de bombeiros durante a gravação de um filme realizada no batalhão do corpo de bombeiros. A justiça do estado do Rio de Janeiro determinou que a atriz deverá receber o valor de R$ 80 mil em indenização pelos ataques sofridos.
O ocorrido
No ano de 2019, durante a gravação do filme “Juntos e enrolados”, que foi realizada no pátio do batalhão do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, após vestir uma farda do corpo de bombeiros, a atriz Cacau Protásio foi vítima de racismo. Foram vazados áudios e vídeos de um agente proferindo ataques de cunho racista e gordofóbicos sobre a atriz, nos registros, foram ditas as seguintes frases: “gorda, preta, filha da p***, uma bucha de canhão daquela”. Após o ocorrido, o corpo de bombeiros se pronunciou, dizendo que não compactuavam com nenhum tipo de discriminação.
Cacau Protásio durante gravação do filme “Juntos e enrolados”. (foto: reprodução/Instagram/@cacauprotasiooficial)
Andamento do processo
No início do processo, foi pedido por Cacau, o valor de R$ 50 mil reais como indenização, entretanto em outubro deste ano foi dado pela justiça o direito a apenas R$ 30 mil. O governo entrou com recurso contra a decisão, argumentando que durante o ocorrido, o bombeiro que ofendeu a atriz não estava exercendo a sua função. A atriz recorreu da primeira decisão e foi ordenado pela justiça do estado, que o governo deverá pagar uma indenização de R$ 80 mil reais para Cacau, devido aos ataques e ofensas recebidos pelos bombeiros.
No processo, o órgão identificou os dois agentes responsáveis pelo acontecimento e afirmou que ambos foram punidos. O agente que divulgou um dos áudios foi detido por dez dias, e o bombeiro que foi responsável por gravar o vídeo e compartilhar foi detido por três dias.
Foto destaque: atriz Cacau Protásio. (reprodução/Instagram/@cacauprotasiooficial)