Após a derrota do Presidente Jair Bolsonaro do PL, a Caixa Econômica cortou a liberação do Auxílio Brasil. O banco também suspendeu outras modalidades de empréstimo como o que era concedido a clientes com alto risco de inadimplência.
Entretanto, a Caixa Econômica não anunciou publicamente as alterações feitas no consignado do Auxílio Brasil, que foi iniciado após o primeiro turno das eleições deste ano, nas orientações internas do banco,as mudanças no sistema indicam corte maciço na liberação de dinheiro.
No dia 14 deste mês de novembro, o banco mandou um comunicado interno para agências e correspondentes bancários informando uma atualização na lista de pessoas impedidas de contratar o consignado do Auxílio, tendo restringido drasticamente o fornecimento de novos créditos.
“No período eleitoral, fazíamos cerca de 30 consignados do Auxílio por dia, poucos eram negados. Agora, quase todos são negados.”,afirmou um funcionário da Caixa em Curitiba, no Paraná, que pediu para não ser identificado, ao portal Uol.
Segundo uma funcionária da mesma agência, que também desejou não ser identificada pelo portal, desde o último dia 14, mais ninguém foi aprovado na agência para o recebimento do benefício, entretanto o motivo do impedimento não está claro, nem mesmo para os funcionários do banco.
Documento Interno que informa mudanças no consignado do Auxílio Brasil, após a vitória do candidato do Partido dos Trabalhadores nas urnas (Reprodução/UOL)
Além das mudanças no consignado do Auxílio, ao menos três linhas de crédito para clientes com maior propensão de inadimplência, “rating C” na classificação feita pelo banco, foram interrompidas após a derrota de Bolsonaro nas urnas, sem nenhuma explicação por parte da Caixa Econômica. No dia 9 de novembro, “modalidade (foi) suspensa por tempo indeterminado”, informou comunicado às agências.
A interrupção repentina chamou atenção porque as linhas de créditos eram antigas,a medida foi anunciada um dia após uma queda geral no sistema do banco, que afetou agências e lotéricas no país inteiro, entretanto a Caixa Econômica negou qualquer relação entre os eventos.
Foto Destaque: Caixa Ecônomica (Reprodução/Pinterest)
